Raios artificiais transformam fezes de animais em adubo rico em nutrientes
Uma agtech norueguesa chamada N2 Applied anunciou a criação de um reator de fezes de boi e de porco. O aparelho promete eliminar a emissão de metano na atmosfera e transformar os dejetos em fertilizantes orgânicos enriquecidos, prontos para uso em lavouras.
No reator, o esterco é transformado com o uso de raios artificiais de plasma aplicados diretamente nele. Segundo informações da startup, a tecnologia já está sendo utilizada em três fazendas leiteiras localizadas no Reino Unido.
Chris Puttick, cofundador da empresa, afirmou que, nas fazendas, o esterco produzido pelas vacas é coletado com um raspador (um equipamento que se assemelha a um rodo gigante e varre todas as fezes dos galpões) e depositado em uma fossa, ao lado do reator. Abrigado em um contêiner, o reator passa a disparar raios de plasma na fossa.
"A interação do nitrogênio do ar e dos raios atua sobre a lama de rejeitos, bloqueando a emissão de metano e de amônia", disse Puttick. "Isso interrompe a decomposição dos micróbios do metano, que é o processo que libera o gás no ar".
O executivo disse que o que sai da fossa ao final do processo é um líquido marrom. Trata-se de um fertilizante orgânico enriquecido com nitrogênio. Puttick disse que esse produto tem o dobro de nitrogênio quando comparado aos produtos convencionais do mercado.
Para estimular que os pecuaristas adotassem a tecnologia mais depressa, a empresa criou uma espécie de minirreator que permite a produção de superfertilizantes usando ar, eletricidade, de qualquer origem, e as fezes.
De acordo com o executivo Puttick, o processo leva a maiores rendimentos, sem a necessidade de utilizar fertilizantes químicos.
Segundo Puttick, o tratamento também bloqueou as emissões de metano do chorume (líquido resultante da decomposição orgânica) e quase removeu o odor. A máquina reteve o teor orgânico de nutrientes como potássio, magnésio, sulfato e cálcio no fertilizante, e o chorume final não se tornou ácido.
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