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Malafaia diz que Bolsonaro vetará legalização de jogos de azar

Silas Malafaia durante ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) - Reprodução
Silas Malafaia durante ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

13/12/2021 19h48

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse hoje que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai vetar a legalização de jogos de azar, caso o projeto seja aprovado no Congresso.

"Se o Congresso Nacional aprovar a safadeza dos jogos de azar, o presidente Bolsonaro vai dar veto", escreveu Malafaia nas redes sociais.

Em um vídeo, compartilhado diversas vezes nas redes sociais, Malafaia chama o projeto de "desgraça social" e diz que "não beneficia em nada a economia do país". Para ele, a legalização dos jogos de azar interessa apenas a "grupos econômicos poderosos e lavagem de dinheiro de corruptos".

O tema tem dividido opiniões na Câmara. De um lado, estão os deputados que querem urgência para votar o projeto de lei que legaliza o bingo, jogo do bicho, cassino e aposta esportiva. Hoje, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), chegou a pautar um requerimento de urgência, que depois foi retirado da ordem do dia.

Do outro, está a bancada evangélica, que afirma que o presidente da Câmara não tem votos suficientes para legalizar a prática. Ao UOL, o futuro presidente da bancada evangélica no Congresso, deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), disse que o tema é uma "aberração" que "só tem como finalidade maior a lavagem de dinheiro".

Proibidos há 80 anos no Brasil, o texto define os jogos de azar e de habilidade como atividades econômicas que serão regulamentadas e fiscalizadas por um órgão federal - provavelmente uma agência reguladora.

Assim, as empresas interessadas teriam de comprar em leilão uma licença para explorar as diferentes modalidades. A proposta também aumenta as penas para quem explorá-los sem regulação. Com isso, a prática deixaria de ser uma contravenção penal (infração com pena leve), e passaria a ser crime punível com até sete anos de cadeia.