Moro nega auxílio de Cintra na economia e descarta CPMF caso seja eleito
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) negou que o ex-secretário da Receita Federal do governo de Jair Bolsonaro (PL), o economista e professor Marcos Cintra, auxilie sua equipe econômica para a próxima eleição. Segundo o ex-juiz, apenas ele mesmo e Affonso Pastore, ex-presidente do Banco Central, falam sobre o tema.
Hoje, a colunista do UOL Carla Araújo mostrou que Cintra, que é membro do PSL, atua para apresentar propostas à equipe de Moro. De acordo com o ex-secretário, ele e o ex-ministro já tiveram uma primeira conversa e a expectativa é de que nesta semana possa haver uma reunião entre as equipes.
Mas, enquanto Cintra defende a CPMF, imposto sobre movimentações financeiras que causou sua saída do governo Bolsonaro, Moro rejeita a volta da contribuição caso seja eleito. O ex-ministro disse que isso está "fora de cogitação".
"A volta da CPMF e o aumento de impostos estão fora de cogitação. Não é disso que os brasileiros precisam", escreveu no Twitter.
A ideia de Cintra é colaborar com a equipe que já prepara propostas econômicas do pré-candidato do Podemos: "Moro me ligou e ficamos de fazer essa aproximação", disse Cintra à coluna.
O ex-secretário da Receita defende a necessidade de debater a tributação sobre movimentações financeiras "sem preconceito". Segundo ele, sua experiência acadêmica mostra que a CPFM ainda é hoje a melhor solução para equacionar as contas.
"A CPMF para mim não é nenhum dogma, nenhum sonho, nenhum remédio mágico. Mas é um instrumento que eu pessoalmente penso que é essencial em qualquer reforma tributária", disse à coluna.
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