Servidores do BC mantêm paralisação para dia 9; banco busca um acordo
Servidores do BC (Banco Central) aprovaram em assembleia virtual a paralisação da categoria na próxima quarta-feira (9), das 8h às 12h. Segundo Fábio Faiad, presidente do sindicato, houve mais de 90% de apoio para aderir ao movimento.
Os servidores pedem reajuste salarial e também têm uma demanda sem impacto financeiro, que é a reestruturação da carreira de analistas e técnicos do BC.
A curta paralisação de quarta-feira foi pensada para não travar serviços essenciais, apenas adiar algumas entregas. Os servidores avisaram que, se o governo federal não der uma resposta concreta sobre o reajuste até 23 de fevereiro, será debatida uma greve por tempo indeterminado começando em março.
Os trabalhadores agendaram uma reunião com o presidente do banco, Roberto Campos Neto, para amanhã no fim da tarde. Há uma "boa expectativa" para o encontro, já que, segundo o sindicato, Campos Neto foi receptivo às preocupações trazidas pela classe da última vez. Um acordo poderá ser firmado.
No entanto, os servidores estão apreensivos devido a declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL), deputado Ricardo Barros (PP), ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o da Economia, Paulo Guedes. Alguns desses políticos se posicionam contra os reajustes das categorias, inclusive para policiais federais.
Incerteza do reajuste
Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) alinhados com Bolsonaro podem descartar até a proposta de aumento de salário para os policiais, segundo o apurado pela colunista Carolina Brígido, do UOL.
Na semana passada, a ideia que auxiliares do presidente propagaram é que, se fosse aumentado o salário de apenas uma categoria, o STF poderia estender o benefício a outros servidores, em nome do princípio da igualdade.
Ministros do Supremo concordam que não se pode beneficiar uma categoria em detrimento de outras. No entanto, a maioria da Corte não concederia o mesmo benefício a todo o funcionalismo público.
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