Dólar opera em queda de 0,66%, vendido a R$ 5,29, e Bolsa cai 0,12%; siga
Vindo de três altas consecutivas, o dólar comercial quebrava a tendência nas operações da manhã de hoje (7). Por volta das 14h20 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 0,66%, vendida a R$ 5,287, com investidores enxergando um ambiente local benigno para o real, embora temores de aumentos mais rápidos dos juros nos Estados Unidos estivessem no radar.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava com desvalorização de 0,12%, aos 112.107,66 pontos.
Na sexta-feira (4) o dólar comercial fechou com valorização de 0,5%, vendido a R$ 5,322, e a Bolsa a 112.244,938 pontos, com valorização de 0,49%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Desvalorização do dólar
Anilson Moretti, chefe de câmbio da HCI Invest, disse à Reuters que a desvalorização recente do dólar é reflexo do patamar elevado dos custos de empréstimo locais. Com a taxa Selic atualmente em 10,75% ao ano, o carrego (retorno oferecido por diferenciais de taxas de juros) do real é bem atraente para investidores estrangeiros, o que tem intensificado o fluxo de recursos para o Brasil.
Nesse contexto, o real tem potencial de se valorizar ainda mais frente ao dólar ao longo deste mês, com a moeda norte-americana podendo ir abaixo do patamar de resistência de R$ 5,26, afirmou Moretti.
Mas investidores continuavam atentos aos riscos, com a perspectiva de posicionamento mais agressivo do banco central norte-americano no combate à inflação despontando como uma das principais ameaças para divisas de mercados emergentes.
O Federal Reserve já havia telegrafado aos mercados em sua última reunião de política monetária que começará a elevar sua taxa de juros em março. Mas, na semana passada, dados robustos de emprego dos Estados Unidos despertaram algumas apostas de que essa alta inicial será de 0,5 ponto percentual, mais agressiva do que o ritmo de 0,25 ponto inicialmente precificado pela imensa maioria dos investidores.
O Departamento do Trabalho norte-americano informou na sexta-feira em seu relatório de empregos que foram criados 467 mil postos de trabalho fora do setor agrícola nos EUA em janeiro. Os dados de dezembro foram revisados para cima, para mostrarem abertura de 510 mil vagas, em vez das 199 mil relatadas anteriormente.
"Junto com o contexto de inflação mais elevada, esses dados estão em linha com o endurecimento recente do discurso por parte do Fed", disseram economistas do Bradesco em nota.
Juros mais altos nos EUA tendem a beneficiar o dólar globalmente, já que elevam a rentabilidade dos títulos soberanos norte-americanos, considerados o ativo mais seguro do mundo.
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
Com Reuters
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.