Dólar opera em queda de 0,5%, a R$ 4,673; Bolsa cai
Vindo de duas altas consecutivas, o dólar comercial quebrava a tendência nas operações da manhã de hoje (18). Por volta das 11h20 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,5%, vendida a R$ 4,673.
Na quinta-feira (14), último dia de pregão, o dólar comercial fechou com valorização de 0,16%, vendido a R$ 4,696.
A moeda oscilava sem direção clara, chegando a subir 0,28% e recuar 0,43% nos primeiros negócios do dia. Agentes do mercado chamavam a atenção para a possibilidade de instabilidade nos mercados internacionais de câmbio no dia, com a liquidez reduzida por feriado na Europa.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), descia 0,65%, aos 115.429,13 pontos. Na última sessão, o índice fechou a 116.181,609 pontos, com baixa de 0,51%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
China e cenário doméstico no radar
Investidores digeriam nesta manhã dados sobre o crescimento econômico da China, que, mesmo tendo superado as expectativas no acumulado do primeiro trimestre, perdeu fôlego em março, sublinhando os desafios enfrentados pelo país em meio a surtos locais de Covid-19 e a ambiente geopolítico arisco.
"Não obstante a surpresa positiva, os números não alteram as perspectivas de desaceleração da segunda maior economia do mundo, uma vez que indicadores antecedentes já apontam para uma piora da atividade além de março e, portanto, o governo deve seguir em frente com seus planos de estímulo econômico", disse em nota Victor Beyruti.
Expectativas de mais apoio na China tendem a ajudar moedas latino-americanas, já que a região tem fortes laços comerciais com o país asiático e se beneficiaria de um ambiente de maior liquidez e crescimento por lá. No entanto, os investidores não estavam tão otimistas sobre a possibilidade de novos estímulos do governo chinês, já que um corte de compulsório promovido na semana passada pelo banco central do país foi visto como conservador.
No Brasil, o mercado aguardava a coletiva sobre o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, prevista para começar às 11h (horário de Brasília) desta segunda-feira, depois de ter sido inicialmente agendada para quinta passada. O governo propôs uma meta fiscal de déficit de 65,9 bilhões de reais para 2023, projetando ainda que as contas do governo central só voltarão ao azul em 2025.
A pauta fiscal voltou a preocupar investidores nos últimos dias, depois da decisão do governo de conceder um reajuste linear de 5% a todo o funcionalismo federal a partir de julho. A medida, anunciada apesar de aperto nas contas públicas, não foi bem recebida por representantes sindicais, que alegaram ser um benefício insuficiente e prometeram manter mobilizações de servidores para pressionar o Executivo a aumentar os salários.
No Banco Central, a greve de funcionários tem afetado a divulgação de vários indicadores importantes, como o boletim semanal Focus, o que também tem preocupado participantes do mercado.
Nesta segunda-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa por videoconferência de São Paulo de um painel promovido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, participará presencialmente de encontro promovido pelo FMI e o Banco Mundial nos Estados Unidos.
*Com informações da Reuters
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
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