Cliente mais exigente força bancos e fintechs a trabalhar juntos, diz setor
A forma como o consumidor lida com os serviços financeiros muda a cada dia, e a unanimidade entre os especialistas do setor é que o brasileiro está cada vez mais exigente.
Para conseguir atender esse consumidor, a solução é a atuação conjunta entre grandes bancos e fintechs.
O assunto foi abordado em um dos painéis do South Summit Brasil, evento de tecnologia e inovação que começou nesta quarta-feira (4) e vai até sexta em Porto Alegre (RS).
"Estamos falando sempre sobre pessoas que mudam constantemente a forma como usam aplicativos e consomem serviços financeiros. O usuário se tornou mais criterioso, busca um serviço melhor, taxas mais competitivas e mais transparência", afirma Maria Cristina Kopacek, CEO da Idez Digital, empresa de soluções digitais para fintechs.
Para Kopacek, embora as startups sejam as grandes responsáveis por trazer ideias inovadoras ao mercado, as grandes instituições é que são capazes de acelerar o processo e fazer com que as novidades cheguem a mais pessoas.
"As startups não conseguem implementar mudanças tão rápidas na sociedade, é aí que entra o papel de quem aposta em inovação dentro das grandes corporações. São essas pessoas que conseguem mostrar que fazer parcerias com startups é uma boa proposta de negócio", afirma.
Renata Petrovic, superintendente de inovação do Bradesco, diz que o consumidor, além de mais exigente, está mais conectado e busca consumo instantâneo.
"Todas as indústrias precisaram se transformar rapidamente para acompanhar esse ritmo de mudança, inclusive o mercado financeiro. Começou a existir a necessidade de pensar em inovação aberta e colaborativa. Fazer dentro de casa custa mais caro e demora mais", afirma.
Hoje, o Bradesco tem um programa de inovação aberta, com o objetivo de trabalhar em parceria com startups.
"Quando falamos da colaboração entre essas instituições e as fintechs, entendo que vamos ganhar juntos. Para chegar onde estamos, temos certeza de que a parceria foi fundamental", afirma Claise Muller Rauber, diretora de produtos, segmentos e canais digitais do Banrisul.
Inovação no mercado financeiro
"Inovação é um problema de todo mundo. Não existe uma área ou um grupo de pessoas responsáveis pela inovação. É preciso criar uma cultura na empresa, que é um processo que demora para ser construído", afirma Petrovic.
Enquanto a inovação não é algo disseminado dentro da companhia, a estratégia é criar grupos destinados a pensar no assunto.
"Uma estrutura criada dentro de uma empresa para falar de inovação já nasce para morrer. Quando existe a mudança de cultura, essa área cumpriu seu objetivo e não precisa mais existir", afirma Bruna Travi, líder de inovação do Banrisul.
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