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Mulher é demitida por justa causa após dançar funk em restaurante de SC

Mulher foi demitida por ouvir funk e "espantar" clientes - Juca Varella/Folhapress
Mulher foi demitida por ouvir funk e "espantar" clientes Imagem: Juca Varella/Folhapress

Colaboração para o UOL, em Brasília

12/07/2022 21h57

A Justiça do Trabalho em Santa Catarina manteve a demissão por justa causa aplicada à ex-funcionária de um restaurante que dançava funk no local de trabalho durante o expediente.

"A conduta inapropriada dela impactava diretamente nas receitas da empresa, trazendo decréscimo nas vendas e vários clientes não retornavam no estabelecimento em razão da música alta, além da falta de atenção em anotar os pedidos do delivery justamente porque se distraíam como se estivessem em um momento de lazer, conforme avaliações dos clientes no Google", disse o juiz Valdomiro Landim, da 1ª vara do Trabalho de Balneário Camboriú (SC).

À Justiça, a mulher admite que dançava funk no local e argumenta que a demissão foi desproporcional porque, segundo ela, o restaurante estava sem clientes, num momento de descontração com colegas.

"O acervo probatório deixa assente que não se tratou de um ato único e isolado, mas sim de um comportamento reiterado com mais gravidade naquele dia no qual a reclamante e outros colegas de trabalho, em pleno horário de labor, utilizava os equipamentos, as instalações e o tempo que deveria ser dedicado a suas obrigações empregatícias, para dançar como se estivesse em uma balada noturna, deixando de cumprir seus afazeres laborais e prejudicando o atendimento aos clientes da reclamada", afirmou o juiz.

Caso semelhante em Santa Catarina

Uma estagiária da prefeitura de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina, foi demitida no início de junho, após gravar e publicar um vídeo para o TikTok no ambiente de trabalho. No vídeo, postado por ela mesma na plataforma de vídeos, a jovem aparece uniformizada e com o crachá do executivo municipal dançando um funk com letras adultas.

Segundo a prefeitura, por meio de nota, a estagiária era recém-contratada e estava trabalhando na Secretaria de Administração havia cerca de um mês e meio. A demissão ocorreu logo após a pasta ter acesso ao vídeo. Segundo a prefeitura, a jovem alegou que gravou o vídeo no fim do expediente. Mesmo assim, por conta da exposição do uniforme e do crachá, a administração optou pela dispensa da estagiária.