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Achou a figurinha do Neymar cara? Card de beisebol é leiloado por R$ 64 mi

Mickey Mantle jogou pelo New York Yankees nas décadas de 1950 e 1960 - Divulgação/Heritage Auctions
Mickey Mantle jogou pelo New York Yankees nas décadas de 1950 e 1960 Imagem: Divulgação/Heritage Auctions

Colaboração para o UOL*, em São Paulo

29/08/2022 10h38Atualizada em 29/08/2022 16h29

Enquanto os brasileiros procuram pela figurinha rara do Neymar no álbum da Copa do Mundo, que vale até R$ 9 mil em sites de vendas, um cartão de 1952 do jogador de beisebol Mickey Mantle estabeleceu um novo recorde.

O card foi leiloado ontem por US$ 12,6 milhões (cerca de R$ 64 milhões) e se tornou o item colecionável esportivo mais caro já vendido, segundo a casa de leilões Heritage.

O valor superou os US$ 9,3 milhões (cerca de R$ 44,2 milhões) pagos em maio pela camisa que Diego Armando Maradona usou no fatídico jogo da "mano de Dios" contra a Inglaterra nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986.

Mantle, jogador do New York Yankees nas décadas de 1950 e 1960, é um dos nomes mais importantes do esporte nos Estados Unidos e entrou para o Hall da Fama do Beisebol em 1974.

O cartão leiloado foi adquirido pelo fã Anthony Giordano, em 1991. Na época, ele pagou US$ 50 mil pelo item, segundo o Sports Collectors Digest.

"Sempre soubemos que este cartão quebraria recordes e expectativas", disse o diretor de leilões esportivos da Heritage, Chris Ivy. "Mas isso não torna menos emocionante fazer parte de um leilão no qual um único item ultrapassa o limite de oito dígitos pela primeira vez."

Jovem não sabe o que fazer com figurinha rara de Neymar

Mesmo longe das cifras milionárias do card de beisebol, a figurinha rara de Neymar também causa alvoroço entre os torcedores e colecionadores brasileiros.

O sul-mato-grossense Bernardo Roncatti Marques, 21, teve a sorte de tirar o cromo do camisa 10 da seleção brasileira do tipo Legends (lenda, em inglês) na cor ouro, mas ainda está indeciso sobre o que fazer após receber até proposta de trocar o item por um cachorro de raça.

"O que eu queria mesmo era ou um dia de 'princeso' no Allianz Parque, como a gente fala aqui, conhecendo os jogadores, ou ir para a final da Libertadores [caso o Palmeiras se classifique]. Isso para mim seria o máximo, se tivesse algo deste tipo, eu trocaria muito de boa", afirmou Bernardo Roncatti ao UOL Esporte.

Enquanto é bombardeado nas redes sociais e sonha com algo que contemple uma viagem para assistir ao time do coração, o estudante de arquitetura ao menos sabe o que não quer. Ele recusou uma oferta de três itens: um relógio, moedas de colecionadores ou um cachorro da raça Border Collie.

"A mulher viu a entrevista [dada para uma TV de Campo Grande], pegou meu número e mandou uma mensagem falando que o filho dela era muito fã do Neymar e colecionava várias coisas. E que ele queria essa figurinha. Foi quando ela falou que poderia trocar por isso. Eu pedi dinheiro, mas foi na euforia, sem saber por quanto eu vendo essa figurinha", contou.

(*Com informações de Thiago Tassi, do UOL Esporte)