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Empréstimo do Auxílio Brasil: Que bancos oferecem e quais as taxas

O empréstimo consignado do Auxílio Brasil tem taxas de juros de até 3,5% ao mês - Estadão Conteúdo
O empréstimo consignado do Auxílio Brasil tem taxas de juros de até 3,5% ao mês Imagem: Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

14/10/2022 04h00Atualizada em 14/10/2022 11h18

Desde segunda-feira (10), o governo federal autorizou 12 instituições financeiras, entre elas a Caixa Econômica Federal, a realizarem o empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil e do BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Entretanto, a maior parte das instituições aprovadas pelo governo ainda analisa se irá oferecer o benefício. A Caixa informou na terça-feira (11) que é uma das que iniciaram a operação.

Nessa modalidade, o valor da parcela será descontado diretamente na folha de pagamento. O Ministério da Cidadania definiu que o valor do consignado será limitado em até 40% do benefício do pagamento de R$ 400 —ou seja, até R$ 160 estarão comprometidos.

A taxa máxima de juros permitida é de 3,5% ao mês, mas as instituições podem definir uma cobrança menor. O prazo máximo de pagamento será de 24 meses.

O consignado só poderá ser contratado pelo responsável familiar, ou seja, o integrante da família inscrito no CadÚnico (Cadastro Único) e titular da conta poupança social da Caixa em que o Auxílio Brasil é depositado.

Confira abaixo o que cada uma das instituições disse ao UOL sobre a liberação do empréstimo consignado do Auxílio Brasil:

Caixa: Anunciou o início da operação na terça-feira (11) com taxa de juros de 3,45% ao mês e o valor mínimo da prestação é de R$ 15. Os beneficiários podem contratar o crédito nas agências da Caixa, lotéricas e Caixa Aqui e no aplicativo Caixa Tem.

Banco Pan: Iniciou o empréstimo na segunda-feira (10). Não informou qual é a taxa de juros, mas disse que o banco segue dentro do que propõe a portaria, que são até 3,5% ao mês. Novas propostas não serão aceitas até o momento.

Pincred: A empresa do Piauí, pertencente ao Grupo Pintos, diz que está "operando os últimos ajustes" para iniciar a oferta do consignado. Os beneficiários interessados devem ir a uma das Lojas Pinto, localizada na Rua Treze de Maio, 164, centro de Teresina (PI).

É necessário levar documento com foto (RG ou carteira de motorista, por exemplo), comprovante de residência e renda atualizados e número de telefone, além das informações sobre a conta do titular. A taxa de juros será de 3,5% ao mês.

QI Tech: A fintech começou a disponibilizar o consignado do Auxílio Brasil desde segunda-feira, em parceria com a fintech Meutudo. A taxa de juros vai de 3,39% a 3,5% ao mês.

Banco Safra: Afirma que não se decidiu sobre a disponibilização do empréstimo consignado. O banco declara que tampouco há data para comunicar a decisão final.

Agibank: Informa que ainda avalia os impactos da instrução normativa e verifica se atende aos critérios. Não há prazo para confirmar se vai disponibilizar o produto ou não.

Banco Daycoval: Decidiu não iniciar já a operação de crédito do Auxílio Brasil. A instituição ainda afirma que "estuda com cautela" as regras de adesão à portaria porque a oferta do produto exige a realização de ajustes sistêmicos não previstos.

Facta Financeira: Cancelou todos os pedidos de empréstimo feitos pelos beneficiários. Segundo a companhia, a portaria que rege o consignado, que inclui mais documentos para contratação (questionário de orientações financeiras e autorização) impossibilitou a continuidade do serviço. Ainda de acordo com a Facta, questões judiciais pendentes de julgamento impedem continuidade das operações.

Banco Data, Capital Consig, Crefisa e Zema Financeira: não responderam às tentativas de contato da reportagem.

Quando vale a pena fazer empréstimo consignado do Auxílio Brasil? Eli Borochovicius, professor de finanças do curso de Administração da PUC Campinas (Pontífice Universidade Católica de Campinas), só considera interessante tomar o empréstimo consignado do Auxílio Brasil se o beneficiário tiver dívidas no cartão de crédito com juros médios de 8,51% ao mês, ou 168% ao ano.

Se ele estiver negativo, deve comparar os juros da dívida dela e os do consignado. Se a taxa da dívida for maior, vale a pena pegar o empréstimo e quitar a dívida.

Quais pegadinhas podem haver? Borochovicius diz que o interessado deve observar bem as condições oferecidas pelas instituições, especialmente com a expressão "a partir de".

"A financeira pode analisar o banco de dados e oferecer uma taxa menor para um grupo específico de pessoas, e empurrar a taxa maior para as demais, argumentando que o perfil não é compatível ou outras explicações quaisquer", explica.

Pegar o consignado pode comprometer a alimentação? Depende de quanto a pessoa precisa do dinheiro para se alimentar. Como a prestação do empréstimo é limitada a 40% (R$ 160) do Auxílio Brasil, é preciso avaliar se os 60% (R$ 240) que sobram são suficientes.

O que a pessoa não pode é pegar o dinheiro para fazer novas dívidas. A ideia é que, caso haja a necessidade, o dinheiro seja para quitar compromissos anteriores, declara o especialista.