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Em meio à crise, Americanas anunciam presidente interino

12.jan.2023 - Fachada de uma unidade das Lojas Americanas em Brasília - 12.jan.2023 - Ueslei Marcelino /Reuters
12.jan.2023 - Fachada de uma unidade das Lojas Americanas em Brasília Imagem: 12.jan.2023 - Ueslei Marcelino /Reuters

Do UOL, em São Paulo

16/01/2023 11h09Atualizada em 16/01/2023 15h04

O nome de João Guerra Duarte Neto foi anunciado hoje pelo conselho de administração da empresa. A escolha foi feita em reunião na última quarta-feira.

Segundo comunicado divulgado pelas Americanas, ele também vai ocupar o cargo de Diretor de Relações com Investidores.

As Americanas dizem também que, atualmente, Duarte Neto é diretor (não estatutário) de Recursos Humanos e "tem ampla trajetória na companhia nas áreas de tecnologia e recursos humanos".

A mudança na empresa ocorre em meio a uma crise causada por inconsistências em balanços financeiros que apontaram rombo de R$ 20 bilhões, que levou à renúncia de Sergio Rial após ficar apenas dez dias no cargo de CEO.

A Americanas obteve na sexta-feira decisão da Justiça protegendo-a por 30 dias contra vencimento antecipado de dívidas, prazo que a varejista poderá usar para obter uma acordo com credores ou pedir uma recuperação judicial. A decisão da Justiça mencionou uma potencial dívida de R$ 40 bilhões.

Na esteira desses acontecimentos, as ações das Americanas voltaram a despencar hoje. Por volta de 11h30, os papéis da empresa caíam mais de 40%.

Entenda a crise nas Americanas

  • Na quarta-feira, a empresa anunciou "inconsistências" de R$ 20 bilhões no balanço;
  • Na sexta-feira, o juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Rio, concedeu uma medida de tutela de urgência cautelar, dando 30 dias para que a empresa possa decidir se vai pedir recuperação judicial;
  • Na decisão, o juiz informa que as Americanas alegaram o risco de seus credores pedirem o vencimento antecipado de R$ 40 bilhões em dívidas;
  • Para evitar a quebra da empresa, o juiz suspendeu essa possibilidade por 30 dias.

Ontem, o banco BTG Pactual recorreu na Justiça contra essa liminar que protege a varejista Americanas dos credores.

Segundo os advogados do banco, a liminar determina ilegalmente o estorno de um pagamento feito pelas Americanas ao BTG.