Quer morar no exterior? Estas são as 10 cidades mais baratas para se viver
Os interessados em migrar para outro país devem se preparar para encarar custos de vida altos caso queiram se mudar para grandes centros — mesmo que em países mais pobres, como Porto Rico e Argentina. Pelo menos é isso o que indica a pesquisa Custo de Vida 2023, divulgada hoje.
Realizada pela consultoria Mercer, a pesquisa analisou o poder de compra em 400 cidades, comparando preços de 200 itens em diversas categorias — como alimentos, produtos de higiene e transporte. São Paulo, por exemplo, é a cidade brasileira mais cara para imigrantes, mas apenas a 12ª na América Latina, ficando atrás de San Juan e Buenos Aires.
Confira as 10 cidades mais baratas, considerando os cinco continentes:
- Islamabad - Paquistão
- Karachi - Paquistão
- Havana - Cuba
- Bishkek - Quirguistão
- Dushanbe - Tajiquistão
- Windhoek - Namíbia
- Ancara - Turquia
- Durban - África do Sul
- Tunis - Tunísia
- Tashkent - Uzbequistão
Entenda a pesquisa
A pesquisa Custo de Vida 2023 da Mercer analisou 400 cidades, mas listou 227 delas.
A cidade de Nova York e o dólar são usados como cidade e moeda base para definir quais cidades são mais caras para os expatriados.
O ranking não é feito comparando São Paulo de hoje com São Paulo do passado. É como se analisássemos a mudança de uma pessoa de São Paulo para Barcelona, mas a nossa base comparativa é sempre Nova York por ser um grande centro comercial e ter uma moeda forte, o dólar.
Inaê Machado, líder de Mobilidade Latam da Mercer, ao UOL
A inflação e o câmbio são dois fatores que pesam muito no custo de vida. Em Buenos Aires, por exemplo, por mais que o peso argentino esteja desvalorizado em relação ao dólar, a inflação está altíssima, o que leva um expatriado a ter que gastar mais para adquirir produtos de qualidade e marca semelhante às de seu país natal.
Os itens analisados pela Mercer têm valor convertido para dólar, para facilitar a comparação. A posição de uma cidade no ranking é definida com a soma de uma média ponderada de cada categoria; alimentos têm peso maior que álcool e tabaco, por exemplo.
A empresa realiza a pesquisa desde 1990, mas o ranking é divulgado desde 1994. O maior objetivo, segundo Inaê Machado, é equalizar poder de compra para os expatriados.
É importante para os nômades digitais, por exemplo, para avaliar se faz sentido para essa pessoa mudar de país, o quanto isso pode impactar na qualidade de vida. Já para as empresas é interessante principalmente para transferências temporárias, para reavaliar o salário líquido do funcionário e fazer uma equalização analisando os impostos e o custo de vida no novo país."
68% das empresas que expatriam usam a metodologia do custo de vida para reavaliar salário; dessas, 87% usam o estudo da Mercer, segundo seu último levantamento.
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