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Quer morar no exterior? Estas são as 10 cidades mais baratas para se viver

São Paulo: capital do estado é cidade mais cara para se viver no Brasil -- mas é apenas 12ª na América Latina, segundo Mercer - Divulgação
São Paulo: capital do estado é cidade mais cara para se viver no Brasil -- mas é apenas 12ª na América Latina, segundo Mercer Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

07/06/2023 09h59Atualizada em 07/06/2023 15h25

Os interessados em migrar para outro país devem se preparar para encarar custos de vida altos caso queiram se mudar para grandes centros — mesmo que em países mais pobres, como Porto Rico e Argentina. Pelo menos é isso o que indica a pesquisa Custo de Vida 2023, divulgada hoje.

Realizada pela consultoria Mercer, a pesquisa analisou o poder de compra em 400 cidades, comparando preços de 200 itens em diversas categorias — como alimentos, produtos de higiene e transporte. São Paulo, por exemplo, é a cidade brasileira mais cara para imigrantes, mas apenas a 12ª na América Latina, ficando atrás de San Juan e Buenos Aires.

Confira as 10 cidades mais baratas, considerando os cinco continentes:

  1. Islamabad - Paquistão
  2. Karachi - Paquistão
  3. Havana - Cuba
  4. Bishkek - Quirguistão
  5. Dushanbe - Tajiquistão
  6. Windhoek - Namíbia
  7. Ancara - Turquia
  8. Durban - África do Sul
  9. Tunis - Tunísia
  10. Tashkent - Uzbequistão

Entenda a pesquisa

A pesquisa Custo de Vida 2023 da Mercer analisou 400 cidades, mas listou 227 delas.

A cidade de Nova York e o dólar são usados como cidade e moeda base para definir quais cidades são mais caras para os expatriados.

O ranking não é feito comparando São Paulo de hoje com São Paulo do passado. É como se analisássemos a mudança de uma pessoa de São Paulo para Barcelona, mas a nossa base comparativa é sempre Nova York por ser um grande centro comercial e ter uma moeda forte, o dólar.

Inaê Machado, líder de Mobilidade Latam da Mercer, ao UOL

A inflação e o câmbio são dois fatores que pesam muito no custo de vida. Em Buenos Aires, por exemplo, por mais que o peso argentino esteja desvalorizado em relação ao dólar, a inflação está altíssima, o que leva um expatriado a ter que gastar mais para adquirir produtos de qualidade e marca semelhante às de seu país natal.

Os itens analisados pela Mercer têm valor convertido para dólar, para facilitar a comparação. A posição de uma cidade no ranking é definida com a soma de uma média ponderada de cada categoria; alimentos têm peso maior que álcool e tabaco, por exemplo.

A empresa realiza a pesquisa desde 1990, mas o ranking é divulgado desde 1994. O maior objetivo, segundo Inaê Machado, é equalizar poder de compra para os expatriados.

É importante para os nômades digitais, por exemplo, para avaliar se faz sentido para essa pessoa mudar de país, o quanto isso pode impactar na qualidade de vida. Já para as empresas é interessante principalmente para transferências temporárias, para reavaliar o salário líquido do funcionário e fazer uma equalização analisando os impostos e o custo de vida no novo país."

68% das empresas que expatriam usam a metodologia do custo de vida para reavaliar salário; dessas, 87% usam o estudo da Mercer, segundo seu último levantamento.