Como é a empresa de SC que se mantém como 'maior celeiro de bilionários'

Empresa catarinense WEG teve faturamento de R$ 32,5 bilhões em 2023, se tornando uma das empresas de capital aberto de mais destaque em todo o mundo. Todos os acionistas da empresa figuram na lista de bilionários mais ricos do Brasil, com valores que somam quase R$ 100 bilhões.

Acionistas bilionários

Dados da Forbes mostram que a WEG é a empresa que mais "criou" bilionários no Brasil em 2024. O ranking mostra que todos os 29 acionistas da WEG estão na lista de mais ricos do país.

Segundo a Forbes, nomes envolvidos com a WEG têm cerca de R$ 95,6 bilhões como patrimônio somado. Eduardo Voigt Schwartz, Mariana Voigt Schwartz Gomes, Anne Werninghaus e Dora Voigt de Assis são alguns dos bilionários listados. Todos são acionistas ou herdeiros da WEG, tendo a maior parte da fortuna atrelada à multinacional.

Anne Werninghaus, de 37 anos, é neta de um dos fundadores da WEG. Empresária do ramo de moda, Anne não trabalha na empresa. No entanto, é a maior acionista individual da WEG e tem um patrimônio de quase R$ 7 bilhões.

Bilionária mais jovem do mundo, Livia Voigt, é herdeira da WEG
Bilionária mais jovem do mundo, Livia Voigt, é herdeira da WEG Imagem: Reprodução/VSCO @liviavoigt

Bilionária mais jovem do mundo também é ligada à WEG. Livia Voigt, herdeira e acionista, tem 20 anos e patrimônio estimado em R$ 7 bilhões. Livia tem participação minoritária, de 3,1%, e não trabalha na empresa.

A história próspera da WEG

Empresa de motores elétricos foi fundada em 1961. A WEG foi criada em Jaraguá do Sul (SC) pelo eletricista Werner Ricardo Voigt, o administrador Eggon João da Silva e o mecânico Geraldo Werninghaus. O nome dado à empresa faz alusão às inicias de seus fundadores.

WEG foi fundada em 1961, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina
WEG foi fundada em 1961, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina Imagem: Divulgação/WEG
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Empresa já se dedicava à tecnologia nos anos 1960. Em 1968, a WEG criou o CENTROWEG para capacitar seus colaboradores, que contavam com iniciativas tecnológicas e treinamento técnico.

Década de 1970 marcou história da empresa. Em 1970, países como Guatemala, Uruguai, Paraguai, Equador e Bolívia se tornaram os destinatários das primeiras exportações da WEG. Em 1971, as ações da empresa entraram para a Bolsa de Valores. Em 1973, as exportações já haviam chegado a 20 países.

Anos 1980 e mais criações passaram a fazer parte do portfólio. Além da implantação de Centros Tecnológicos, foram criadas também a WEG Acionamentos, WEG Transformadores, WEG Energia, WEG Química e WEG Automação. A empresa passou a produzir componentes eletroeletrônicos e a atuar em automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó, além de vernizes eletroisolantes.

Inauguração da primeira filial nos Estados Unidos aconteceu em 1991. A expansão internacional da WEG não parou desde então e, atualmente, são 39 mil colaboradores e filiais em 37 países, além de fábricas em 15 territórios estrangeiros. Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, França, Espanha, Suécia, Singapura, Rússia e Equador estão entre os países que receberam os negócios da empresa.

Ao longo de sua história, a WEG adquiriu diversas empresas. Em 2020, comprou duas startups, a BirminD, empresa de tecnologia ativa no mercado de Inteligência Artificial, e a MVISIA, especializada em soluções de inteligência artificial.

Primeiro bilhão de faturamento foi atingido em 2001. Em pouco mais de vinte anos, o faturamento da WEG aumentou para os R$ 32,5 bilhões contabilizados em 2023. Atualmente, cada um dos membros da família fundadora da WEG recebeu uma parcela diferente de participação na empresa.

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As três famílias fundadoras mantêm quase dois terços do controle da empresa. A WPA Participações, holding que reúne os três clãs, possui 50,09% de posse da WEG, além de outros 14,49% de forma direta nas mãos das pessoas físicas, de acordo com o site da empresa atualizado em abril de 2024.

Operações globais colocam a WEG em competição acirrada com gigantes. A empresa é rival de companhias como a alemã Siemens e a francesa Schneider Electric, evidenciando o alcance e a influência da WEG no mercado internacional.

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