Dólar cai e fecha com menor valor desde novembro; Bolsa tem alta expressiva

O dólar mantém a recente trajetória de queda e não ultrapassou a marca de R$ 5,80 hoje. A moeda teve uma queda de 1% e fechou a R$ 5,743.

O que aconteceu

Dólar comercial apresenta forte queda nesta sexta. A baixa, que mantém a trajetória de desvalorização da moeda norte-americana ante o real observada nos últimos dias, foi ampliada ao longo da sessão.

Moeda tem menor valor desde novembro. O dólar fechou o dia na menor cotação desde o dia 18 de novembro do ano passado (R$ 5,746). A data marca o último encerramento da moeda abaixo de R$ 5,75.

Valor do dólar recuou nas últimas três sessões. A sequência resulta em uma desvalorização acumulada de 0,86%. A variação ainda era insuficiente para reverter a alta de 1,06% registrada na segunda-feira, quando a divisa voltou a fechar o dia comercializada acima de R$ 5,80.

Cotação para viajantes também tem expressiva. Após subir 0,13% na véspera, o dólar turismo teve uma variação negativa no fechamento da semana. A moeda recuou 1,26%, negociada a R$ 5,962.

Variações têm a redução da dívida pública no radar. Dados divulgados pelo BC mostram que Dívida Bruta do Governo Geral como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) caiu pelo segundo mês consecutivo, de 76,1% em dezembro para 75,3%. Para João Kepler, CEO da Equity Group, o cenário "melhora a percepção do risco fiscal no Brasil".

Guerra comercial mantém atenção do mercado. As decisões do presidente dos EUA, Donald Trump, também pesam a favor da desvalorização do dólar ante o real. "As incertezas sobre as tarifas do governo Trump continuam no radar, o que pode aumentar a volatilidade do câmbio", afirma Kepler.

Bolsa

Ibovespa tem forte alta no pregão de hoje. O índice avançou 2,64%, atingindo 128.957,09 pontos, com um volume negociado de R$ 21,10 bilhões.

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As ações da Eztec (EZTC3) foram o destaque do dia. A construtora e incorporadora reportou lucro líquido de R$ 126,6 milhões no quarto trimestre de 2024, alta de 53% em relação ao ano anterior. A receita somou R$ 426,6 milhões, um crescimento de 26% na mesma comparação.

Magalu (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) também tiveram ganhos. As varejistas figuraram entre as maiores altas do pregão. O Magalu reverteu prejuízo de R$ 550 milhões em 2023 e registrou lucro líquido recorrente de R$ 277 milhões em 2024. Já as ações das Casas Bahia, que caíram após um balanço negativo divulgado no início da semana, recuperaram parte das perdas.

Cenário reflete otimismo dos investidores. Juliana Tescaro, diretora do Grupo Studio, afirma que o avanço é guiado pelos bons resultados de algumas empresas e a recuperação do setor de commodities. "Esse movimento positivo também pode ser associado a um alívio nas tensões externas e uma expectativa de que o cenário econômico global dê sinais de recuperação", avalia.

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