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CSN tem prejuízo de R$250,4 mi no 3º trimestre

14/11/2014 09h50

SÃO PAULO (Reuters) - A Companhia Siderúrgica Nacional fechou o terceiro trimestre com prejuízo de 250,4 milhões de reais, revertendo lucro líquido de cerca de 503 milhões no mesmo período de 2013, em meio à queda nos preços do minério de ferro e de um mercado doméstico deprimido pela baixa atividade econômica do país.

No período, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 977 milhões de reais, ante 1,65 bilhão de reais um ano antes, e abaixo da previsão de analistas de 1,17 bilhão de reais em pesquisa da Reuters.

O resultado veio após as rivais Usiminas e Gerdau divulgaram fracos números no país para o trimestre. Usiminas teve o primeiro prejuízo em um ano. Gerdau viu o lucro despencar quase 60 por cento e cortou investimentos.

A CSN teve queda de 17 por cento na receita líquida do trimestre, a 3,88 bilhões de reais, pressionada por queda também de 17 por cento no volume de aço vendido e alta de apenas 1 por cento no volume comercializado de minério de ferro.

Enquanto isso, o custo dos produtos vendidos somou 2,9 bilhões de reais, alta de 6 por cento sobre o segundo trimestre, mas queda ante os 3,3 bilhões de um ano antes.

Por segmento, a área de siderurgia teve baixa anual de 2 por cento no Ebitda ajustado em relação ao mesmo período de 2013.

Mas a divisão de mineração viu um tombo bem maior, de cerca de 77 por cento no Ebitda, a 203 milhões de reais. Com isso, a participação da área na geração de caixa da CSN, que um ano atrás era de mais de 50 por cento, caiu a menos de 20 por cento.

"Ao final do terceiro trimestre, o preço do minério de ferro no mercado transoceânico registrou o menor valor dos últimos cinco anos, atingindo 77,75 dólares por tonelada. Comparado aos 134,50 dólares por tonelada verificados no início de 2014, a queda de preço atinge 42 por cento", afirmou a CSN no balanço.

A companhia encerrou setembro com dívida líquida de 17,618 bilhões de reais, queda de 1 por cento sobre um ano antes.

(Por Alberto Alerigi Jr.)