Poupador poderá vender títulos do Tesouro Nacional todos os dias, não só às quartas
BRASÍLIA, 10 Mar (Reuters) - O Tesouro Nacional passará a fazer compras diárias de títulos públicos federais pertencentes a pessoas físicas nas operações do programa Tesouro Direto, em nova forma de atuação que busca simplificar as operações e inclui ainda a mudança de nomenclatura dos papéis negociados.
"Do ponto de vista de atratividade do programa, acreditamos que a compra diária é muito importante. É uma medida que, com certeza, vai retirar a percepção de dificuldade do investimento", disse o subsecretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle.
Criado em 2002, o programa Tesouro Direto encerrou 2014 com estoque de R$ 15,3 bilhões em títulos em poder de 400 mil investidores pessoas físicas.
As compras de títulos passam a ser feitas diariamente a partir de 30 de março, em substituição ao procedimento ainda em vigor de aquisições dos papéis pelo Tesouro apenas nas quartas-feiras.
As operações ocorrerão a partir das 18 horas e serão encerradas às 5 horas do dia seguinte, sendo que nos fins de semana e feriados, a possibilidade de venda dos títulos para o Tesouro poderá ser feita ao longo de todo o dia.
Novos nomes
Em outra modificação, os nomes dos títulos foram alterados a fim de se tornarem autoexplicativos, apresentando informações sobre rentabilidade, fluxo de remuneração e vencimento dos papéis.
Os nomes são: Tesouro IPCA Mais (NTN-B principal), Tesouro Prefixado (LTN), Tesouro Selic (LFT), Tesouro IPCA mais com juros semestrais (NTN-B) e Tesouro Prefixado com juros semestrais (NTN-F).
Gerente virtual
Também para facilitar as operações, Valle informou que o Tesouro incluiu no site do programa (www.tesourodireto.gov.br) a ferramenta "orientador financeiro", que funcionará como um "gerente virtual", prestando informações sobre esse tipo de investimento.
"Na falta de um gerente, criamos no site uma maneira que facilite o processo de decisão pelo investidor", disse.
Ao apresentar a nova configuração do programa Tesouro, Valle foi questionado por jornalistas se o Tesouro tem enfrentado dificuldades de rolagem dos títulos no mercado em meio a maior volatilidade dos mercados de câmbio e juros.
"Há volatilidade, mas o Tesouro tem instrumentos para enfrentar isso", disse.
Ele informou que a instituição possui um colchão de reservas equivalente a três meses de vencimento da dívida.
"Não será preciso usar esse caixa porque temos conseguido rolar a dívida", disse o subsecretário, citando que este ano 68% dos vencimentos da dívida em títulos públicos ocorrem no primeiro semestre de 2015.
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