Conta de luz no Rio de Janeiro terá alta de dois dígitos
SÃO PAULO (Reuters) - As contas de luz no Rio de Janeiro terão neste mês aumentos de dois dígitos, após a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovar nesta terça-feira (13) uma revisão nas tarifas da distribuidora Enel Rio e um reajuste para a Light, empresas que atendem o Estado.
As tarifas da Enel Rio, que atende 66 municípios, incluindo Niterói e Cabo Frio, subirão em média 21%, enquanto a Light, que opera na região metropolitana, verá elevação média de 10,36%.
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Os reajustes, válidos a partir de 15 de março, acontecem em um momento em que o Rio de Janeiro vive uma crise fiscal e sofre uma operação de intervenção federal em sua área de segurança pública, devido aos elevados índices de violência no Estado.
Os aumentos bem acima da inflação brasileira, que fechou 2017 em 2,95%, vêm uma semana após o próprio diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, admitir que as contas de luz estão subindo muito no país.
Empresas alegam maiores custos e falta de chuva
Entre as principais causas para a forte elevação das contas, algo que também tem acontecido em outros Estados, estão aumentos em encargos que custeiam subsídios e maiores custos das distribuidoras com a compra de energia, devido a chuvas desfavoráveis que exigiram o uso no ano passado de mais usinas termelétricas, mais caras que as hídricas.
Também impacta as faturas o repasse aos consumidores de custos com o pagamento de indenizações bilionárias a empresas de transmissão de energia pela renovação antecipada de seus contratos de concessão em 2013.
As compensações às elétricas haviam sido prometidas pela União às empresas por investimentos feitos por elas e ainda não amortizados na época da prorrogação dos contratos, mas posteriormente o governo decidiu repassar o custo do pagamento às tarifas.
Altas em outros Estados
A Aneel também propôs na semana anterior a abertura de uma audiência pública sobre as tarifas da Cemig, uma das maiores distribuidoras do Brasil, que atende Minas Gerais, com uma proposta que elevaria em média em 25,8% as contas de luz dos clientes da empresa.
No final do ano passado, outros reajustes elevados, como uma alta de 37% nas tarifas da CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá) e de 17% na Eletrobras Distribuição Amazonas, já haviam levado empresas e políticos da região Norte a se queixarem junto ao órgão regulador.
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