Guedes defende privatizações e diz que forma de fazer política mudou
RIO DE JANEIRO, 8 Fev (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta sexta-feira (8) a privatização de estatais, afirmando que a forma de fazer política mudou e que está recebendo apoio dos militares nesse movimento.
Guedes afirmou, durante apresentação em evento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre desestatizações no setor elétrico, que o exemplo de distribuidoras da Eletrobras é um caso excelente e que deve ser referência para os próximos programas de privatizações.
"Eu falava que tinha que vender todas (as estatais), mas naturalmente nosso presidente e nossos militares às vezes olham para algumas delas com carinho, porque eles criaram elas como filhos desde lá atrás. Só que eu estou dizendo: olha só, seus filhos fugiram e estão drogados", disse Guedes no Rio de Janeiro.
"Mas eles (os militares) têm sido extraordinários no apoio, não recebi nunca uma admoestação", completou, referindo-se a integrantes do ministério do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o ministro, a classe política já entendeu as mudanças em relação às estatais, afirmando que não vão mais alimentar uma forma equivocada de fazer política, e explicou que está tendo a melhor interlocução possível e que a classe está disposta a apoiar.
"Os partidos que se organizem em torno desses valores. E não é uma política alimentada com votos de mercenários comprados através de posições em estatais. Esse modelo esta morrendo", disse.
Para Guedes, os Estados e municípios em dificuldades financeiras ajudarão no processo, abastecendo o "pipeline" do banco para as privatizações.
"Uma vez vendido esse ativo o dinheiro volta, transfere para outras diretorias que estão ajudando a reestruturar Estados e municípios. Acho que tem um futuro de muito trabalho pela frente, mas tenho certeza que vamos fazer", disse.
(Texto de Camila Moreira; edição de Maria Pia Palermo)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.