Setor público consolidado tem déficit primário de R$12,706 bi em junho, em linha com esperado
BRASÍLIA (Reuters) - O setor público consolidado brasileiro registrou um déficit primário de R$ 12,706 bilhões em junho, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira (29), queda de 5,8% sobre igual mês do ano passado, puxada por melhor desempenho do governo central.
O dado do mês veio em linha com expectativa apontada em pesquisa Reuters junto a analistas, que mostrava déficit primário de R$ 12,5 bilhões em junho.
No período, o rombo do governo central (governo federal, BC e Previdência) ficou em R$ 12,212 bilhões, ante R$ 14,951 bilhões um ano antes.
Na sexta-feira passada (26), o Tesouro informou que a performance do governo central no mês veio melhor que a esperada, mas foi positivamente impactada pela base de comparação.
Isso porque junho de 2018 foi marcado por gastos atípicos do governo federal, incluindo R$ 3,6 bilhões em emendas parlamentares e R$ 1,7 bilhão em aumento de capital de empresas estatais, entre as quais a Emgepron, empresa ligada à Marinha brasileira.
Enquanto isso, os governos regionais tiveram um déficit de R$ 55 milhões em junho, enquanto as empresas estatais apresentaram um saldo negativo de R$ 439 milhões.
No acumulado do primeiro semestre, o déficit do setor público consolidado é de R$ 5,740 bilhões, ante rombo de R$ 14,424 bilhões de igual etapa de 2018, melhoria calcada sobretudo nos resultados mostrados até aqui por estados e municípios.
De janeiro a junho, o superávit dos entes regionais chegou a R$ 19,077 bilhões, alta de 44,4% sobre o mesmo período do ano passado. Apesar disso, a equipe econômica já ressaltou que espera que esse dado se deteriore daqui para frente, calculando que, no ano, haverá uma frustração de R$ 10,3 bilhões em relação à meta estabelecida para estados e municípios.
O alvo de déficit primário do setor público consolidado para 2019 é de R$ 132 bilhões, composto por rombo de R$ 139 bilhões do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), de déficit de R$ 3,5 bilhões das estatais federais e de superávit de R$ 10,5 bilhões de estados e municípios.
Em 12 meses, o déficit do setor público consolidado alcançou R$ 99,574 bilhões, mostraram dados do BC nesta segunda-feira.
Dívida
No mês, a dívida bruta ficou estável em 78,7% do PIB. Já a dívida líquida subiu a 55,2% do PIB, sobre 54,7% em maio.
Em junho, o dólar acumulou a maior queda para o mês em três anos, de 2,13%, na esteira de maior confiança na aprovação da reforma da Previdência e da expectativa de aumento de liquidez no mundo a partir de cenário de cortes de juros nos Estados Unidos.
Denominadas em dólares, as reservas internacionais passaram a valer menos em reais, aumentando assim a dívida líquida.
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