FMI se diz 'comprometido' para alcançar novo acordo com a Argentina
O FMI (Fundo Monetário Internacional) e a Argentina estão "totalmente comprometidos" em trabalhar juntos para um novo programa para a dívida do país, disse o credor hoje.
Ainda assim, segundo o FMI, mais negociações são necessárias após as recentes reuniões entre autoridades dos dois lados em Washington, nos Estados Unidos.
A Argentina está correndo para chegar a um novo acordo com o FMI para ajudar a adiar cerca de US$ 45 bilhões (cerca de R$ 250 bilhões) em pagamentos que não pode fazer, após anos de crises da dívida e cambiais.
Uma equipe havia se encontrado recentemente com funcionários do fundo e "avançado com o trabalho técnico" do acordo.
O FMI disse em um comunicado que a Argentina precisa de uma "abordagem multifacetada" para enfrentar a inflação galopante, que ultrapassa 50% ao ano, o que envolveria a redução do financiamento monetário do déficit fiscal, taxas de juros reais positivas e coordenação preços-salários.
"Estamos trabalhando na mesma linha. Eles reconhecem uma série de avanços na reativação econômica da Argentina, a melhora fiscal que existe atualmente", afirmou Gabriela Cerruti, porta-voz da presidência argentina.
O FMI disse que "amplo apoio" ao acordo, tanto nacional e internacionalmente, seria a chave para o sucesso dele.
O relatório acrescentou que ambos os lados reconheceram a recuperação mais forte do que o esperado na atividade econômica e no investimento neste ano.
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