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FMI se diz 'comprometido' para alcançar novo acordo com a Argentina

FMI trabalha em acordo para adiar pagamentos que a Argentina, por ora, não pode concretizar - Ricardo Ceppi/Getty Images
FMI trabalha em acordo para adiar pagamentos que a Argentina, por ora, não pode concretizar Imagem: Ricardo Ceppi/Getty Images

Adam Jourdan e Nicolas Misculin

Em Buenos Aires (Argentina)

10/12/2021 16h10Atualizada em 10/12/2021 16h13

O FMI (Fundo Monetário Internacional) e a Argentina estão "totalmente comprometidos" em trabalhar juntos para um novo programa para a dívida do país, disse o credor hoje.

Ainda assim, segundo o FMI, mais negociações são necessárias após as recentes reuniões entre autoridades dos dois lados em Washington, nos Estados Unidos.

A Argentina está correndo para chegar a um novo acordo com o FMI para ajudar a adiar cerca de US$ 45 bilhões (cerca de R$ 250 bilhões) em pagamentos que não pode fazer, após anos de crises da dívida e cambiais.

Uma equipe havia se encontrado recentemente com funcionários do fundo e "avançado com o trabalho técnico" do acordo.

O FMI disse em um comunicado que a Argentina precisa de uma "abordagem multifacetada" para enfrentar a inflação galopante, que ultrapassa 50% ao ano, o que envolveria a redução do financiamento monetário do déficit fiscal, taxas de juros reais positivas e coordenação preços-salários.

"Estamos trabalhando na mesma linha. Eles reconhecem uma série de avanços na reativação econômica da Argentina, a melhora fiscal que existe atualmente", afirmou Gabriela Cerruti, porta-voz da presidência argentina.

O FMI disse que "amplo apoio" ao acordo, tanto nacional e internacionalmente, seria a chave para o sucesso dele.

O relatório acrescentou que ambos os lados reconheceram a recuperação mais forte do que o esperado na atividade econômica e no investimento neste ano.