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REPORTAGEM

Congonhas deve ter novas aéreas, Itapemirim e Total, a partir de novembro

Pista do aeroporto de Congonhas após reforma, em 2020 - Carolina Antunes/5.set.2020/Presidência da República
Pista do aeroporto de Congonhas após reforma, em 2020 Imagem: Carolina Antunes/5.set.2020/Presidência da República

Alexandre Saconi

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/10/2021 04h00

O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pode ter novas empresas em operação nos próximos meses. As companhias Itapemirim e Total fizeram recentemente um pedido de slots (janelas de horários diários de partidas e chegadas no aeroporto) junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

A expectativa de operação vem em um momento em que as empresas brasileiras devem ficar com o volume de voos em número similar ao pré-pandemia. Essas operações, entretanto, só poderão se estender até o final de março, quando se inicia uma nova temporada de redistribuição dos slots e será necessário fazer uma nova solicitação para operar no local.

A Itapemirim tem a previsão de voar no aeroporto da capital paulista a partir de novembro. Segundo dados da Anac, a rota deve ligar Congonhas ao Galeão, no Rio de Janeiro.

A empresa iniciou sua operação comercial em julho deste ano ligando diversas capitais. Em nota, divulgou que já transportou mais de 200 mil passageiros pelo país em seus aviões modelo Airbus A320.

Total

A Total não realiza voos regulares com passageiros, sendo o núcleo de sua operação voos cargueiros. Mas tem autorização da agência para transportar pessoas.

Segundo a empresa, os slots em que deseja realizar sua operação em Congonhas estão alocados entre os dias 29 de janeiro e 26 de março de 2022. As rotas solicitadas ligariam Congonhas aos aeroportos de Araraquara (SP), Bauru (SP), Joinvile (SC), Ponta Grossa (PR) e Juiz de Fora (MG).

As duas empresas, Total e Itapemirim, não divulgaram mais informações sobre como será a operação até o momento. No site de ambas, ainda não é possível comprar passagens com origem em Congonhas.

Novas empresas

Se iniciarem as operações devidamente, Itapemirim e Total irão fazer parte do time de quatro empresas majoritárias a operar em Congonhas. A última grande redistribuição de slots, com entrada de novas empresas, foi feita em 2019, com o fim das operações da Avianca Brasil.

À época, ficou definido que os 41 horários de partidas e chegadas pertencentes à empresa, hoje falida, seriam distribuídos entre Azul, Map e Passaredo. Também foram distribuídos à época slots para a empresa TwoFlex operar na pista auxiliar do aeroporto, mas estes não estavam ligados à Avianca Brasil.

Em maio de 2020, a Azul concluiu o processo de compra da Twoflex. Em junho de 2021, a Gol anunciou a compra da Map e absorveu sua operação no local, que voltou a ter apenas quatro companhias aéreas majoritárias apenas.

Consulta pública

A Anac está com uma consulta pública aberta para definir as regras de slots para a próxima temporada, que começa no final de março. Essa coordenação de voos é importante para alocar as operações das empresas de maneira a favorecer a concorrência, além de ampliar a quantidade de destinos oferecidos no aeroporto mais disputado do país.

A regra atual prevê que empresas com menos de 54 slots e com participação inferior a 40% no aeroporto de Congonhas são denominadas novas entrantes e podem concorrer às vagas disponíveis. Essas vagas são oriundas de empresas que deixaram de operar no aeroporto, como a extinta Avianca Brasil, ou em caso do não cumprimento de regras pelas empresas em atuação no momento, por exemplo.

Essa última regra, porém, foi flexibilizada temporariamente em decorrência da pandemia, já que, para manter os slots, é necessário manter a operação regular dos voos e com pontualidade.