Empreender nos tempos de crise
Muita gente associa empreendedorismo às “vacas gordas”, subsídios governamentais sobrando por todos os lados, consumo em alta e crédito abundante.
Empreender assim é como plantar em terras férteis, com chuvas na medida certa, sem necessidade de análise do solo, sem precisar adubar. E, principalmente, sem nos obrigar a monitorar adversidades. É fácil até que os humores governamentais mudem, a seca do crédito se imponha e os clientes sejam abafados pela erva daninha da inflação e do desemprego.
E chega a crise. Que a uns assusta e paralisa. E obriga outros a se tornar empreendedores.
Eis algumas questões que devem se combinar e fazer parte da agenda do empreendedor nos tempos de crise:
1. Necessidade: seu produto e/ou serviço se encaixa nas necessidades básicas e inadiáveis do seu pretendido nicho de mercado?
2. Qualidade: você consegue manter ou melhorar a qualidade em relação aos concorrentes, para agregar satisfação à decisão de escolha e de compra de sua clientela?
3. Preço: seu preço é percebido como justo, a ponto de seus consumidores vincularem sua marca aos seus produtos e/ou serviços e os assumirem em sua propaganda boca a boca?
4. Inovação: você surpreende seus clientes com inovações que só mesmo quem conhece profundamente suas necessidades e os produtos ou serviços poderia antecipar?
5. Confiança: sua empresa exala confiança e otimismo a ponto de transformar sua marca, seus produtos ou serviços num ícone que contagiará, positivamente, seus clientes?
É bem provável que existam uma dezena de outras respostas a serem buscadas e combinadas entre si. Mas todas elas devem ser garimpadas pelo empreendedor que, obrigado ou não, enfrentará a crise sem ter tempo para ter medo, a ponto de arrancar “leite de pedra” para achar saídas na neblina mais densa e criar musculatura nos tempos difíceis.
Dessa forma, nos períodos de bonança, esse empreendedor não se impressionará com as facilidades que tendem a acomodar até mesmo o empresário mais destemido.
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