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Dólar cai após cinco altas, a R$ 2,288; Bovespa perde 2% na semana

Do UOL, em São Paulo

02/08/2013 17h30Atualizada em 20/03/2014 20h42

dólar comercial perdeu valor em relação ao real nesta sexta-feira (2), depois de cinco dias seguidos de alta. A moeda norte-americana recuou 0,61%, para R$ 2,288 na venda. Apesar da queda no dia, na semana o dólar acumulou valorização de 1,42%.

Bovespa fechou no vermelho e reverteu parte dos ganhos da véspera. O Ibovespa (principal índice da Bolsa) perdeu 1,36%, aos 48.474,04 pontos. Na semana, as perdas acumulada foram de 1,92%.

Os investidores estavam indecisos quanto ao significado dos dados de emprego dos Estados Unidos.

O ritmo de contratações diminuiu em julho, mas a taxa de desemprego caiu, mesmo assim, para o menor nível em quatro anos.

O dado é importante porque influencia nas decisões de política econômica do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.

Dados são ruins no curto prazo, bons no longo, segundo analistas

"O dado das contratações veio um pouco pior do que o previsto, fazendo o mercado realizar lucros", afirmou o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital. 

Realizar lucros é um jargão de mercado para descrever a venda de ações após uma série de altas. "O desemprego caiu um pouco, mas porque menos pessoas estavam procurando trabalho", afirmou.

O número foi um choque de realidade para os investidores, que tinham ficado otimistas no começo da semana pelo resultado do Produto Interno Bruto dos EUA no segundo trimestre, que subiu 1,7%.

"Os dados mostram que a economia do país não está crescendo tão bem quanto se acreditava”, afirmou o analista da XP Investimentos, William Alves.

Em um prazo mais longo, contudo, o resultado pode ser bom para o mercado, segundo alguns economistas.

A falta de uma definição clara sobre a recuperação dos Estados Unidos após a crise faz com que alguns investidores apostem que o Fed vai adiar a redução do seu programa de estímulos econômicos.

Bolsas internacionais

As Bolsas norte-americanas bateram recordes históricos pelo segundo dia seguido. O relatório de emprego do mês de julho mostrou que o ritmo das contratações diminuiu, mas que o nível de desemprego é o menor em quatro anos.

O índice Dow Jones avançou 0,19%, para 15.658 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,16%, para 1.709 pontos. A Nasdaq subiu 0,38%, para 3.689 pontos.

Bons resultados trimestrais de empresas seguradoras impulsionaram as ações europeias para o maior nível em dois meses.

Com os dados de emprego nos Estados Unidos dividindo as preocupações dos investidores, pareceu predominar a visão de que o banco central do país pode ser mais cauteloso quanto ao término de sua política econômica de estímulo.

O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, subiu 0,3%, para 1.224 pontos, o maior fechamento desde 30 de maio.

Em Londres, o índice Financial Times caiu 0,51%, a 6.647 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX fechou quase estável, com leve queda de 0,05, para 8.406 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 também ficou quase estável, com leve alta de 0,07%, a 4.045 pontos.

As ações asiáticas avançaram, depois de dados animadores da atividade industrial dos Estados Unidos.

O comprometimento com a política monetária expansionista por bancos centrais europeus e norte-americano também deixaram investidores otimistas, e levaram as Bolsas dos EUA a baterem recordes na véspera.

A Bolsa do Japão subiu 3,29%. Taiwan subiu 0,54%, e Xangai fechou praticamente estável, com leve alta de 0,02%. Cingapura teve ganhos de 0,33%.

As ações sul-coreanas e as de Hong Kong atingiram recordes em dois meses, com altas de 0,14% e 0,46%, respectivamente. As ações australianas subiram para o maior nível em 2 anos e meio, ganhando 1,09%.

(Com Reuters)

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