Bovespa cai quase 2% no dia e atinge menor nível em um mês e meio
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 1,91% nesta sexta-feira (30), aos 51.239,34 pontos. É a menor pontuação de fechamento em um mês e meio, desde 16 de abril, quando o índice encerrou a 51.200,56 pontos.
Com isso, o Ibovespa fecha a semana com desvalorização de 2,64%, e o mês, com queda de 0,75%. No ano, a Bolsa acumula baixa de 0,52%.
O resultado desta sexta foi influenciado pela divulgação de dados sobre a economia brasileira. O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil registrou alta de 0,2% no 1º trimestre deste ano, uma desaceleração em relação ao último trimestre de 2013, quando o PIB tinha avançado 0,4%. Em relação ao 1º trimestre do ano passado, o crescimento foi de 1,9%.
Economistas consultados pela agência de notícias Reuters se mostraram preocupados com o resultado.
A mineradora Vale foi uma das principais influência negativas do Ibovespa. A Petrobras e os bancos, assim como na véspera, também puxaram a queda da Bolsa.
No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou em alta de 0,76%, cotado a R$ 2,241 na venda. Com isso, a moeda norte-americana encerra a semana com valorização de 0,76% e o mês, com alta de 0,48%. No ano, entretanto, a moeda dos Estados Unidos acumula queda de 4,95%.
Vale, Petrobras e bancos influenciam queda da Bovespa
As preferenciais da Vale (VALE5), que dão prioridade na distribuição de dividendos, caíram 3,75%, a R$ 25,64; foi a quinta maior queda do Ibovespa. As ordinárias (VALE3), que dão direito a voto, perdiam 3,2%, a R$ 28,40.
As ações da mineradora foram afetadas pelo preço do minério de ferro. A commodity caiu pelo sexto mês seguido em maio, em sua mais longa trajetória de baixa já registrada. O minério de ferro para entrega imediata na China recuou 4%, para US$ 91,80 a tonelada, o menor nível desde 7 de setembro de 2012, de acordo com o provedor de dados Steel Index.
As preferenciais da Petrobras (PETR4) recuaram 3,53%, a R$ 16,69. As ordinárias (PETR3) fecharam em queda de 3,02%, a R$ 15,74.
As preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB4) tiveram baixa de 2,51%, a R$ 34,90. As ações preferenciais do Bradesco (BBDC4) caíram 3,01%, a R$ 31,21. As ordinárias do Banco do Brasil (BBAS3) perderam 1,85%, a R$ 22,77.
Ações de destaque da Bovespa
A companhia aérea Gol (GOLL4) liderou as quedas da Bolsa nesta sexta-feira, com perdas de 5,93%, a R$ 13,17.
A mineradora MMX (MMXM3), de Eike Batista, veio em seguida, com recuo de 5,91%, a R$ 2,39. A Bradespar (BRAP4), empresa de participações do Bradesco que investe na mineradora Vale, teve a terceira maior baixa, de 3,98%, a R$ 18,60.
Na ponta oposta, a empresa de alimentos Marfrig (MRFG3) liderou as altas da Bovespa, com avanço de 4,13%, a R$ 5,30.
A fabricante de aviões Embraer (EMBR3) teve a segunda maior alta, de 1,95%, a R$ 20,39. A companhia de ensino privado Kroton (KROT3) veio em seguida, com ganhos de 1,74%, a R$ 56,87.
Bolsas internacionais
As Bolsas de Valores da Europa fecharam sem uma tendência definida nesta sexta-feira. Na Inglaterra, o índice Financial Times recuou 0,39%, e na França, o CAC-40 perdeu 0,24%.
Na contramão, a Bolsa italiana teve valorização de 0,55%, e a espanhola registrou alta de 0,6%. A Bolsa de Portugal avançou 0,56%. Na Alemanha, o índice DAX fechou quase estável, com leve alta de 0,04%.
Na Ásia, após uma série de ganhos recentes, investidores venderam suas ações para embolsar o lucro e puxaram para baixo os principais índices de ações.
A Bolsa da Coreia do Sul fechou em queda de 0,86%; Sydney, na Austrália, recuou 0,49%; Taiwan perdeu 0,36%. O Nikkei, do Japão, interrompeu a maior sequência de altas desde dezembro para fechar em queda de 0,34%; Cingapura teve baixa de 0,15%.
O índice chinês de Xangai fechou praticamente estável, com leve queda de 0,07%. Na contramão, Hong Kong fechou em alta, ganhando 0,31%.
(Com Reuters)
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