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Dólar sobe pelo quarto dia e acumula alta de 1,46% na semana, a R$ 2,601

Do UOL, em São Paulo

14/11/2014 17h14Atualizada em 14/11/2014 17h15

dólar comercial teve a quarta alta seguida nesta sexta-feira (14) e fechou com valorização de 0,23%, a R$ 2,601 na venda. Foi, novamente, a maior cotação desde 18 de abril de 2005, quando o dólar fechou em R$ 2,609.

Na semana, a moeda acumulou alta de 1,46%.

Em novembro, o dólar só caiu em um dia: na segunda-feira (10), quando recuou 0,55%. Com isso, acumula alta de 4,92% no mês. No ano, tem alta de 10,32%.

Ao longo da sessão de hoje, a moeda chegou a bater em R$ 2,63; logo depois, o Banco Central anunciou que iria aumentar a oferta de contratos nos leilões de rolagem, e a alta perdeu força.

Os investidores ainda estão cautelosos com o cenário econômico do país e buscam dólares para se proteger.

Cenário político

Segundo a agência de notícias Reuters, investidores vêm mostrando preocupação com a perspectiva para a política fiscal do governo, criticada por ser pouco transparente.

Um possível sinal de mudança, na avaliação dos analistas, seria a nomeação de um ministro da Fazenda com perfil mais ortodoxo no lugar de Guido Mantega.

"O fator macro é de valorização do dólar no longo prazo, mas um ministro da Fazenda que agrade mais os mercados pode aliviar um pouco no curto prazo", disse o operador da corretora WinTrade, Renato Magliari, à Reuters.

Os nomes mais citados para o posto são o ex-secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o atual presidente do BC, Alexandre Tombini. O preferido dos investidores é Meirelles.

 

Atuação do BC no mercado de câmbio

O Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio, com as novas regras anunciadas em junho, vendendo os 4.000 novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados.

Foram vendidos 1.750 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015, e outros 2.250 com vencimento em 1º de setembro do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 197,2 milhões.

O BC também deu continuidade aos leilões de rolagem de contratos de dólar, vendendo todos os 9.000 swaps ofertados para estender o vencimento dos contratos que vencem em 1º de dezembro.

Foram vendidos 2.800 contratos para 3 de novembro de 2015 e 6.200 para 4 de janeiro de 2016, com volume correspondente a US$ 438,4 milhões.

Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 3,514 bilhões, ou cerca de 36% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 9,831 bilhões.

BC amplia oferta de contratos nos leilões de rolagem

O Banco Central ampliou a oferta de swaps cambiais, contratos equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, de 9.000 para até 14 mil por leilão.

Os leilões fazem parte da estratégia para estender o vencimento de contratos que vencem em 1º de dezembro.

Se mantiver o novo ritmo e vender os lotes integralmente até o penúltimo pregão do mês, como tem ocorrido nas últimas rolagens, rolará praticamente todo o lote do mês que vem, correspondente a US$ 9,831 bilhões.

A nova quantia será ofertada a partir de segunda-feira (17).

(Com Reuters e Valor)

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