Dólar cai no dia, a R$ 3,191, mas sobe 11,7% no mês, maior alta em 3,5 anos
O dólar comercial caiu 1,26% nesta terça-feira (31), cotado a R$ 3,191 na venda. É a segunda queda seguida. Na véspera, a moeda norte-americana havia fechado com perda de 0,27%.
Apesar da queda no dia, o dólar acumulou alta de 11,73% no mês, a maior em três anos e meio, desde setembro de 2011, quando a moeda subiu 18,15%. Março também foi o sétimo mês consecutivo de altas. Mais da metade da alta acumulada neste ano, de 20,02%, aconteceu em março.
O dia foi de atenção à participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em audiência no Senado. Levy defendeu o ajuste fiscal e tentou convencer os senadores da sua importância para a economia do país.
O governo tem tentado adotar medidas para cortar gastos, aumentando impostos e acabando com cortes de tributos, no que tem sido chamado de ajuste fiscal. Algumas medidas, porém, precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional.
A preocupação dos investidores com os atritos entre o governo e os parlamentares para aprovar o ajuste tem influído no mercado de dólar.
Levy também disse ser necessária uma mudança na política econômica do governo.
"Devemos fazer um ajuste econômico mais amplo. Diante da mudança do cenário internacional, não temos de fazer só ajuste fiscal, mas uma recalibragem da economia. Temos de operar com eficiência nesse cenário", disse.
Contas do setor público ficam negativas em R$ 2,3 bi
Investidores avaliaram também dados fiscais divulgados pelo Banco Central nesta terça. O setor público brasileiro (que inclui o governo central, governos estaduais e municipais e empresas estatais) não conseguiu economizar para pagar os juros da dívida pública em fevereiro. Esse resultado é chamado de primário.
O deficit primário mensal foi de R$ 2,3 bilhões. Quando se considera apenas o governo central (composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência social), o resultado foi negativo em R$ 6,7 bilhões.
O Tesouro Nacional também divulgou dados fiscais, obtidos com uma metodologia diferente da usada pelo Banco Central.
Segundo o órgão, as despesas do governo central superaram os ganhos em R$ 7,358 bilhões em fevereiro. Foi o pior saldo para o mês desde o início da série histórica do Tesouro, em 1997.
Atuação do BC no mercado de câmbio
O Banco Central realizou o último leilão de venda de novos contratos de dólar no mercado futuro, que faz parte do seu programa de intervenções no mercado de câmbio. Foram vendidos 2.000 contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares): 1.500 com vencimento em 1º de dezembro de 2015 e 500 com vencimento em 1º de março de 2016.
(Com Reuters)
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