GTA 5 e God of War lideram vendas em lojas de games; veja franquias no ramo

O mercado de games está em alta no Brasil, segundo a consultoria internacional GfK. A venda de jogos movimentou R$ 629 milhões no país, em 2012. O número é 72% superior a 2011 (R$ 365,6 milhões).

Para quem quer investir na área, há opção de franquia com investimentos que vão de R$ 78,9 mil a R$ 250 mil. O faturamento médio mensal vai de R$ 35 mil a R$ 150 mil, com prazo de retorno do investimento de 24 a 36 meses.

Dois jogos lançados em 2013 têm puxado as vendas nas franquias de games, segundo as redes. São eles: God of War Ascension (exclusivo para Playstation 3), e GTA 5 (para Playstation 3 e Xbox 360).

Em menos de um mês, as sete lojas da rede V12 Games venderam juntas 1.500 unidades de GTA 5, de acordo com a empresa. Também foram comercializadas mil cópias do God of War Ascension na rede toda desde março.

Na Up Games, em São Paulo (SP), foram vendidas 235 unidades de God of War e 150 de GTA 5 no mês de setembro, segundo o proprietário Rodrigo Pereira. “Só não vendemos mais o GTA 5 porque o fornecedor não entregou o pedido completo, que era de 300 cópias”, diz.

Os jogos também figuram na lista dos mais vendidos das redes King Games e UZ Games.

Segundo a GfK, um provável motivo para o crescimento do setor é a migração do consumidor para o mercado formal de games. Na nova geração de aparelhos, os jogos são mais difíceis de serem pirateados do que nos antecessores.

Jovens são público-alvo

Os jovens de 16 a 35 anos são os maiores consumidores de games, segundo a consultora de franchising e varejo Melitha Novoa Prado. “É um público bastante ligado à tecnologia”, diz.

Para a consultora, as capitais e os grandes centros urbanos ainda são os locais mais indicados para a instalação de uma franquia de games.

“O ponto comercial precisa estar em uma área com grande fluxo de pessoas. Cidades com menos de 300 mil habitantes não oferecem o público necessário para viabilizar do negócio”, afirma.

Prado, no entanto, diz que as franquias de games podem ser um negócio da moda, semelhante às locadoras de vídeo. “Hoje já é possível baixar jogos da internet diretamente pelo videogame, sem a necessidade de comprá-lo em uma loja.”

Download de jogos é risco para lojas

Essa evolução tecnológica pode oferecer riscos para lojas que trabalham exclusivamente com a venda de games, de acordo com o consultor empresarial e professor da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista) Cláudio Carvajal.

“Acredito que a venda de jogos dentro de uma embalagem tende a diminuir no médio e longo prazo, conforme a internet crescer. Para se manter no mercado, as lojas físicas terão de oferecer outros serviços”, afirma.

O professor da Fiap diz que estes serviços podem ser a venda dos próprios aparelhos de videogames, consoles e outros acessórios físicos, além da assistência técnica desses equipamentos.

Franquias concorrem com varejistas e livrarias

As lojas de games enfrentam, ainda, a concorrência de grandes varejistas (Americanas, Submarino, Magazine Luiza) e livrarias (Saraiva, Nobel), tanto no ambiente físico como nas vendas online, segundo Carvajal.

Para ele, ser franqueado de uma rede ajuda a equilibrar a disputa. “Quando o empresário faz parte de uma rede, a matriz compra em maior escala para todas as suas lojas e pode negociar preços mais baixos com fornecedores”, declara.

No entanto, o professor diz que para atrair é clientela é essencial investir no atendimento.

“Ainda há muitas pessoas que vão a uma loja de games, seja porque estão em dúvida ou para presentear alguém. Estar preparado para tirar dúvidas do cliente e sugerir o produto adequado para ele é fundamental para sobreviver no mercado.”