Quiosque vende bolo de chocolate, brigadeiro e coxinha sem glúten e lactose
O arquiteto Rafael Félix, 28, desde que foi diagnosticado com alergia a glúten, teve de buscar alternativas para comer bem. Agora resolveu transformar sua experiência em um negócio. Ao lado da noiva, a especialista em marketing Liliane Bida, 27, ele criou um quiosque de lanches e guloseimas sem glúten e lactose, feitos com produtos naturais e orgânicos.
A ideia é reunir delícias bem chamativas, adaptadas às limitações de alérgicos a glúten ou lactose e pessoas que estão fazendo dietas. Algumas das opções são:
- Coxinha de batata doce com frango
- Bolo de paçoca artesanal e massa de chocolate belga zero açúcar
- Bolo de chocolate belga zero açúcar e morangos orgânicos
- Brigadeiros e beijinhos zero açúcar (com stévia)
- Trufas de brigadeiro whey
- Achocolatado líquido com leite de amêndoas, leite de coco e cacau orgânico
- Iogurte com leite de coco e farinha de arroz
Com investimento inicial de R$ 240 mil, o Le Verde foi inaugurado em março deste ano no shopping Iguatemi Alphaville, a 30 km de São Paulo, e tem faturamento médio de R$ 30 mil, segundo Félix. O lucro não foi divulgado.
Doença virou oportunidade de negócio
Félix passou por momentos de frustração logo após ser diagnosticado com intolerância ao glúten (doença celíaca). Com a ajuda da noiva, adaptou a alimentação em casa. "Sempre comemos de tudo. Eu fui aprendendo novas receitas e alimentos substitutos", diz Bida.
O casal decidiu aproveitar essa experiência, criou um plano de negócios e, após quase um ano de preparação, lançou o quiosque. "Com a crise, decidimos investir em setores que continuaram crescendo. A alimentação saudável é um deles", afirma a empresária.
Um estudo de mercado para a escolha do local apontou a necessidade de um ponto próximo a grandes centros empresariais, frequentados pelo público A e B. "Em Alphaville, temos tudo isso e nenhuma concorrência, já que a maioria está em São Paulo", diz ela.
Coxinha com 'carne' de jaca e brigadeiro de leite vegetal
A proposta da loja é oferecer comidas rápidas e seguras para quem tem alergia ou intolerância à lactose ou ao glúten.
Entre os produtos mais vendidos estão o bolo de chocolate belga com morango orgânico (R$ 9,90) e o brigadeiro com leite vegetal (R$ 4,50).
"Queremos desmitificar a ideia de que comida saudável não tem gosto e de que a pessoa que não tem tempo só pode comer junk food", declara Bida.
Novo investimento para aumentar produção
Pouco mais de três meses depois de inaugurado o negócio, foi preciso aumentar a capacidade de produção. O Le Verde recebeu novo aporte de R$ 50 mil para a construção de uma cozinha, inaugurada em junho, a três quilômetros do quiosque.
"Em um mês, nossas vendas aumentaram 40%, já que podemos repor o estoque com mais rapidez e começamos a aceitar encomendas de bolos, doces e salgados e fazer entregas", afirma a empresária.
O casal diz que pensa em expansão e tem planos de abrir duas novas lojas até dezembro deste ano, na cidade de São Paulo. Em 2017, a ideia é começar a se estruturar para criar um formato de franquia.
Público é mais restrito
Segundo Karyna Muniz, consultora do Sebrae, o Le Verde está apostando em um mercado promissor, que é o da busca pela saúde, e aumenta sua vantagem competitiva ao oferecer produtos de consumo mais práticos e realizar entregas.
"Outro ponto positivo é o apelo visual, tanto das comidas que oferecem quanto das fotos, usadas com eficiência nas redes sociais", afirma.
Segundo Muniz, por ser um negócio de nicho, é fundamental saber escolher bem o ponto, já que o público é mais restrito.
"O plano de negócio precisa contemplar um estudo cuidadoso do cliente que frequenta o local e seu poder de compra", diz.
Onde encontrar:
Le Verde: http://www.facebook.com/leverdeBR
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