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Como não fazer papel de bobo e virar alvo fácil de golpes financeiros

Mais de 70% dos brasileiros já foram vítimas de algum golpe financeiro pela internet, de acordo com uma pesquisa recente.

Para evitar que isso ocorra com você, veja abaixo as principais precauções que você precisa tomar.

Investimentos bons demais

Existem golpes que consistem em prometer um ganho muito alto para um investimento. Esse tipo de oferta em geral dá à vítima a possibilidade de começar aplicando um valor baixo.

A vítima investe, inicialmente, uma quantia irrisória para testar - e recebe o dinheiro de volta. Muitas vezes, o golpista paga os rendimentos desse primeiro investimento, conforme o prometido, mas é aí que ele pega. A vítima, após testar o serviço e receber o dinheiro, passa a confiar no golpista e acaba aplicando um valor maior. O retorno desse último, no entanto, nunca aparece.

Algumas vezes, a pessoa passa a fazer aportes regulares durante meses, acreditando ser um serviço de investimentos idôneo. Em algum momento, no entanto, a vítima resolve resgatar o dinheiro e, nesse momento, para de receber respostas do golpista.

Para não cair nesse tipo de golpe, basta saber o seguinte: o maior retorno possível de um investimento sem risco é a taxa básica de juros, a Selic. A taxa Selic está hoje em 13,25% ao ano, o que dá cerca de 1% ao mês. Qualquer investimento que prometa um ganho acima desse percentual tem algum grau de risco. Um retorno de 2% ao mês tem um risco altíssimo.

Se você vir uma oportunidade de ganhar, digamos, 5% ao mês de forma garantida, só pode ser um golpe ou, no mínimo, uma propaganda enganosa.

Celular invadido

Recentemente, clientes de bancos digitais perceberam que havia sumido dinheiro da sua conta. Ao verificar o extrato, notaram que foram feitas transferências via Pix à sua revelia.

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Muitas vezes, esse tipo de golpe é aplicado quando a vítima faz o download de um aplicativo pirata, achando ser o do seu banco. Para não cair nesse golpe, preste atenção em como o aplicativo aparece na Play Store ou na App Store. Verifique quantas avaliações o app tem. Em geral, aplicativos de dos grandes bancos têm milhões de avaliações. Se o aplicativo não tem muitas avaliações, desconfie.

Erros de português e logotipo diferente do original do banco também são pontos a se observar. No aplicativo oficial da instituição financeira dificilmente esse tipo de equívoco acontece.

Boleto falso

Muito comum, esse golpe chega por meio de um link falso. A vítima recebe um e-mail, mensagem SMS ou de Whatsapp que inclui um link para pagamento de um boleto.

Em geral, a mensagem tem um tom alarmista e diz se tratar de algum órgão público, como a Receita Federal, ou alguma empresa conhecida ou banco.

Para evitar esse golpe, desconfie de qualquer mensagem que inclua um link. Mensagem pode se referir a algum débito que você possa ter ou a alguma promoção ou oportunidade de ganhar dinheiro ou prêmios.

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Em vez de clicar no link, entre em contato com a empresa ou órgão do governo. Por exemplo, se a mensagem diz ser da Receita Federal, abra o seu navegador de internet, procure o site da Receita e entre em contato pelos canais oficiais e informe que recebeu a mensagem suspeita.

Cartão de crédito clonado

Também é comum o golpe do cartão de crédito clonado. Você percebe que a sua fatura traz gastos que você nunca fez.

Para evitar esse golpe, o ideal é verificar a sua fatura frequentemente, não apenas quando for pagá-la. Alguns bancos enviam ao cliente uma notificação no celular sempre que uma compra é feita por cartão de crédito. Se não for o caso do seu banco, vale a pena entrar no aplicativo oficial da sua instituição financeira pelo menos a cada três dias e verificar se não foram feitas compras indevidas no cartão.

Quanto antes você descobrir a fraude, melhor, pois assim você bloqueia seu cartão e evita novas compras. Além disso, é importante você pedir ao banco o estorno dos valores cobrados indevidamente.

Amigo pedindo dinheiro

Um golpe muito comum é o do falso amigo ou parente que pede dinheiro. A vítima recebe pelo Whatsapp uma mensagem que parece ser de uma pessoa conhecida, por exemplo, do filho.

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Na verdade, é um bandido que colocou no Whatsapp dele a foto do filho da vítima. Por mensagem, o golpista pede para a vítima fazer uma transferência via Pix.

Esse golpe pode ser evitado. Sempre que alguém lhe pedir dinheiro pelo Whatsapp, saia da conversa, toque no campo de busca do aplicativo e pesquise o nome da pessoa que supostamente está pedindo dinheiro - nesse exemplo, o seu filho. Após pesquisar, toque no nome do seu filho no Whatsapp e envie a ele uma mensagem perguntando se, de fato, ele está pedindo dinheiro. Se preferir, telefone para ele.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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