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Reportagem

Quanto investir para garantir a faculdade do meu filho quando ele crescer?

Você tem um filho ou sobrinho pequeno e quer dar a ele a oportunidade de estudar em uma boa universidade quando crescer. Quanto deveria investir, por mês, desde já, para atingir esse objetivo?

Na coluna de hoje eu mostro quanto você precisaria investir no Tesouro Direto ou em um CDB para ter, daqui a 18 anos, uma renda de R$ 1.000, R$ 5.000 ou R$ 10 mil por mês durante cinco anos para o pagamento da universidade.

Tesouro Direto

No Tesouro Direto, que é o investimento mais seguro do país, existe um título chamado Educa+. Funciona da seguinte maneira: você investe um pouco por mês até uma data pré-determinada (por exemplo, 2041, daqui a 18 anos). A partir daquela data, você para de investir e passa a receber um valor todo mês na sua conta corrente durante cinco anos.

Digamos que você queira receber R$ 1.000 por mês daqui a 18 anos. Para isso, você precisará investir, a partir de hoje, R$ 151 por mês até 2041.

Se o objetivo for uma renda de R$ 5.000 por mês, seria necessário investir R$ 756, por mês. E para receber R$ 10 mil mensais, o aporte necessário seria de R$ 1.513.

Essa simulação considerou sempre um período de 18 anos de investimento, mas você pode simular com outros períodos e valores no próprio site do Tesouro.

Outros investimentos de baixo risco

O Tesouro Direto é o investimento mais seguro de todos, mas também existem outras aplicações de risco muito baixo, como CDB, LCA e LCI. No exemplo do Tesouro, o título renderá inflação mais 5,88% ao ano.

Existem CDBs com uma rentabilidade maior. Nas corretoras XP, Ágora (que pertence ao Bradesco) e Nova Futura, existe um CDB emitido pelo Banco Master com uma taxa de IPCA mais 7,55%.

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Com essa rentabilidade, seria possível baixar o valor dos aportes mensais para R$ 1.211 e ainda assim poder fazer retiradas de R$ 10 mil por cinco anos a partir de 2041.

Qual dos dois é melhor?

Se por um lado um CDB como esse tem a vantagem de fazer você precisar de aportes menores, ele tem algumas desvantagens. Primeiro, o CDB de um banco médio, como no exemplo, só é realmente seguro se estiver dentro da cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Funciona assim: se o banco emissor do CDB for à falência, o FGC paga o que for do seu direito, mas só até o limite de R$ 250 mil. Portanto, se for investir em CDB, precisa ficar atento para que o seu patrimônio naquela instituição financeira não ultrapasse esse limite. Quando chegar perto de R$ 200 mil, passe a investir em um CDB de outro banco.

Outro ponto é que dificilmente você vai encontrar um CDB com prazo tão longo. Se o seu objetivo for investir por 18 anos, e você só encontrar CDB de no máximo cinco anos, você terá que reinvestir todo o valor após esse período em outros CDBs.

Por fim, a organização pode ser um problema. Uma vez que você provavelmente precisará investir em diversos CDBs, será necessário pensar em uma forma de deixar claro que aquele dinheiro é da universidade da criança e não se misturará com suas outras aplicações. Uma forma de fazer isso é abrindo conta em uma corretora especificamente para esse fim. Assim você sabe que todo o dinheiro que estiver naquela corretora é para a criança.

No frigir dos ovos, então, a grande vantagem do Tesouro, a meu ver, é a praticidade. Você vai fazendo seus aportes todos os meses, sem se preocupar com limite do FGC, com abrir conta em uma corretora etc.

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Já a vantagem do CDB é a rentabilidade. Você precisará investir menos por mês. No caso desse exemplo, você economizaria cerca de R$ 300 por mês, durante 18 anos, ou seja, pouparia R$ 62 mil no período.

Vai de cada um decidir o que prefere: ter um pouco mais de trabalho e economizar um bom dinheiro, com o CDB, ou aderir à solução mais prática, com o Tesouro.

Alguma dúvida?

Tendo alguma dúvida sobre investimentos, me siga no Instagram e envie uma mensagem por lá. Sua dúvida poderá ser respondida em breve nesta coluna.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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