Opinião

Bitcoin: FMI quer regulamentação para setor cripto após prejuízos

A falência da corretora FTX e a implosão do protocolo Terra Luna, que chegou a valer US$ 40 bilhões antes de perder praticamente todo o seu valor, motivaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a solicitar a regulamentação do setor cripto para aumentar a proteção à economia e aos investidores.

Quer entender as razões que levaram o FMI a pedir aos governos a criação de regras adequadas para o mercado cripto? Vem com a gente!

Fraudes e falências dominaram o mercado cripto em 2022

Os criptoativos ainda estão se recuperando da crise iniciada no ano passado. Em 1º de janeiro de 2022, o valor de mercado somado das moedas digitais era de US$ 2,4 bilhões, segundo o portal CoinGecko; um ano e meio depois, em 18 de julho de 2023, ele valia US$ 1,2 bilhão. Ou seja: perdeu metade do valor.

Há vários fatores que explicam a queda dos preços, como o aumento das taxas de juros pelos Bancos Centrais, a incerteza dos efeitos da reabertura econômica após a pandemia e a diminuição drástica nos investimentos no setor, o que causou demissões e fechamento de empresas.

Porém, é importante admitir que o próprio mercado cripto foi responsável por boa parte das quedas. O protocolo Terra Luna possuía um mecanismo econômico instável e acabou causando prejuízo bilionário aos seus investidores, que viram ativos perderem 99% de valor em poucos dias.

Nesse sentido, diversas empresas quebraram por má-gestão, como a Celsius, Voyager Digital, BlockFi, Three Arrows Capital e a corretora FTX, citada pelo FMI, que chegou a ter o valor de mercado avaliado em US$ 32 bilhões meses antes de falir.

O que propõe o FMI?

Considerando os problemas causados aos investidores e à própria economia, que sofre quando os cidadãos perdem dinheiro, o FMI afirma, em artigo publicado na terça-feira (18), que há urgência na implementação de políticas claras para prevenir as falhas ocorridas no setor.

O FMI alerta que as stablecoins, que costumam ter seu valor pareado ao dólar americano, podem "substituir moedas nacionais e impactar políticas fiscais e monetárias dos países, especialmente em economias em desenvolvimento".

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Mais especificamente, a instituição aponta para a necessidade de três esforços regulatórios:

Desenvolvimento de uma base jurídica sólida para classificar, de forma apropriada, os criptoativos no direito financeiro e privado.

Implementação de regras fortes de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo no setor cripto.

Aplicação de princípios específicos para regular as stablecoins e proteger a estrutura dos mercados financeiros.

A fim de que isso seja possível, o FMI afirma que os países precisam criar regras com base nos mesmos padrões e colaborarem entre si, já que as criptomoedas são facilmente transferidas internacionalmente. Além disso, eles devem criar estruturas e treinar equipes para supervisionar o mercado cripto.

Vale lembrar que a regulamentação está bem encaminhada no Brasil, após a entrada em vigor do marco legal em junho. Porém, nos Estados Unidos, o tema ainda é alvo de debates, e não há uma direção clara sobre o que vai ocorrer, o que gera incertezas em investidores e gestores de empresas cripto.

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