Saiba onde investir na renda fixa com menos de R$ 50 e com segurança
É possível investir na renda fixa com pouco dinheiro e ainda ganhar mais que a poupança. Há CDBs, fundos DI e títulos do Tesouro Direto por a partir de R$ 50. Confira abaixo algumas das opções de investimentos por R$ 50.
Tesouro Direto
No Tesouro Direto, o investidor empresta seus recursos para governo. O dinheiro vai para o Tesouro Nacional, órgão do Ministério da Fazenda, e recebe uma rentabilidade por isso.
Por isso é o investimento mais seguro, porque o risco de calote é praticamente inexistente. Mas o título pode sofrer variação com a marcação a mercado, por isso a dica é manter o dinheiro até o vencimento.
São vários modelos de rentabilidade. Existem títulos prefixados, quando a remuneração é fixa e já conhecida na contratação.
Há títulos que seguem a taxa básica de juros. Pagam a Selic mais uma taxa. Nesse investimento, a marcação a mercado é quase nula.
Ainda há aqueles que acompanham a inflação, medida pelo IPCA. Nesses títulos pós-fixados, o ganho é definido por uma taxa fixa e outra parte variável, no caso a inflação.
Atualmente, o Tesouro Prefixado possui investimento mínimo de R$ 36,55. No caso do Tesouro IPCA+, os títulos com vencimento entre 2035 e 2055 ficam na casa dos R$ 40. A única exceção é o Tesouro Selic, em que o mínimo fica perto dos R$ 130.
CDBs
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são disponibilizados pelos bancos. Eles usam esses recursos para oferecer crédito a outras pessoas ou empresas. Também há CDBs prefixados e pós-fixados.
Existem CDBs com liquidez diária que seguem a taxa do CDI, muito similar à Selic. Muitas vezes, o investimento inicial é baixo, a partir de R$ 1.
Já nos CDBs com uma data de vencimento mais longa, o retorno pode ser maior. No mercado, é possível encontrar opções por R$ 50, embora elas sejam mais raras. É mais comum ver CDBs oferecidos por entre R$ 500 a R$ 1.000, mas o aporte mínimo pode até superar os R$ 10 mil.
Fundos DI
Entre os fundos de investimento, é possível aplicar nos fundos DI. Pelo menos 80% do patrimônio dos fundos DI é atrelado à Selic.
Esses fundos seguem os ganhos do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). A taxa DI costuma ficar 0,10 ponto porcentual abaixo da taxa básica de juros. Como a Selic está hoje em 13,75% ao ano, a taxa DI está em 13,65% ao ano.
Os fundos DI têm a rentabilidade calculada diariamente. Por outro lado, na poupança, a rentabilidade é calculada a cada mês.
Como escolher onde investir?
Tenha metas para o seu dinheiro. Você precisa saber quais são os objetivos para o uso do dinheiro a curto, médio e longo prazo. Isso é importante para entender qual será o prazo do título, para você conseguir manter o dinheiro investido até o vencimento.
Prazos maiores pagam mais. Para objetivos de curto prazo, é necessário que o dinheiro esteja disponível em pouco tempo. Já para objetivos de longo prazo, é possível ter menor liquidez e assumir mais risco para ter um retorno maior, diz Carlos Castro, sócio fundador da SuperRico.
Veja quem está emitindo o título. Carlos diz que, enquanto em bancos de médio porte a remuneração de CDBs pode chegar a 120% ou 140% do CDI, nos grandes bancos esse patamar gira pouco acima dos 100%. Mas os bancos médios são conhecidos pela baixa liquidez, ou seja, o dinheiro pode não estar disponível na hora que o investidor precisar.
Saiba quanto risco quer correr. Até investimentos em renda fixa têm variação e risco. O risco de investir nos bancos menores é maior.
Vale observar as regras do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). CDBs são cobertas pelo FGC. Pelas regras, em caso de insolvência do banco, o investidor pode receber até R$ 250 mil em cada instituição, totalizando o valor máximo de R$ 1 milhão.
Veja quais investimentos são isentos ou não de imposto de renda. Títulos de renda fixa como Tesouro Direto, CDBs e fundos DI contam com a incidência do Imposto de Renda. A cobrança do IR varia entre 22,5% a 15% e é feita de maneira regressiva, ou seja, quanto mais o dinheiro permanece investido, menor será o pagamento no final.
E qual a perspectiva para a renda fixa?
O momento atual é bom para a renda fixa. O especialista em investimentos da casa de análises Top Gain Research, Gabriel Sena, diz que a procura pela renda fixa costuma ser maior quando a taxa de juros está alta. Há investimentos na renda fixa oferecendo boa remuneração, com maior segurança do que na renda variável.
Queda da Selic pode ficar para fim do ano. Sena afirma que a pressão do presidente Lula sobre o Banco Central para forçar a queda dos juros tem impacto direto nos investimentos do setor. É que, quando existe uma possibilidade de queda da Selic, a remuneração desses títulos tende a ser menor. Neste caso, ele recomenda que os investidores também observem com atenção os investimentos prefixados.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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