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Quer ganhar com a renda fixa? Veja como escolher um CDB para investir

As aplicações do Tesouro Direto não são as únicas a oferecer bons retornos na renda fixa. Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) também surgem como uma boa opção. Mas o que avaliar para escolher um bom CDB? Veja abaixo.

O que é o CDB

Esse título de renda fixa é emitido por bancos para captar recursos. O dinheiro dos investidores captado pelo banco é usado pelas instituições financeiras para oferecer outros empréstimos aos clientes do banco.

Há três tipos de CDBs. Como no Tesouro Direto, esse tipo de investimento pode ser prefixado (quando a remuneração é definida na hora da contratação), pós-fixado (baseado na variação de determinado índice, como o IPCA ou o CDI) e híbrido (que combina uma taxa prefixada com um determinado indicador variável).

Qual tipo escolher? Vai depender do seu objetivo. Para o head de research e renda fixa da gestora de patrimônio SWM, Odilon Costa, se o investidor precisa de um valor específico no futuro, ele pode comprar um título prefixado, por exemplo. Assim, ele consegue saber exatamente quanto terá no futuro. Por outro lado, se tem a intenção de manter o poder de compra dos recursos, investir em opções atreladas à inflação pode fazer mais sentido.

Cuidado com o prazo de vencimento. Os CDBs podem ter uma carência e um prazo longo em que o dinheiro precisa ficar investido - se você quiser ou precisar resgatar seu dinheiro antes, pode ter prejuízo. Por outro lado, existem CDBs com liquidez diária - você pode sacar quando quiser, sem o risco de perder parte do seu capital.

Onde investir, em banco ou em corretora?

Os CDBs podem ser encontrados tanto nas áreas de investimentos de bancos quanto nas plataformas de corretoras. Não faz muita diferença onde você vai investir, já que essas plataformas apenas distribuem o produto, segundo Nayra Sombra, sócia da HCI Invest e planejadora financeira pela Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro).

O que muda entre bancos e corretoras é que as corretoras costumam oferecer mais papéis de outras instituições. Já bancos tradicionais podem dizponibilizar menos opções, e dar prioridade aos seus próprios CDBs.

Mais do que a plataforma, o investidor precisa levar em conta o emissor do título. Se a instituição financeira que emite o papel quebrar, a aplicação do usuário pode correr risco. Veja abaixo quais são os maiores riscos ao investir em CDBs.

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Quanto rende um CDB?

Depende de quanto você investe e do tempo em que o dinheiro vai ficar aplicado. O melhor retorno hoje para quem investe no mínimo de R$ 1.000 são os CDBs com prazo de vencimento de 60 meses, que oferecem 118,50% do CDI. O mesmo cenário vale para os investidores que fazem aportes mínimos de R$ 5.000 - neste caso, o retorno para 60 meses é de 119% do CDI, segundo a plataforma de busca de investimentos Yubb.

Alguns bancos e plataformas também oferecem CDBs com liquidez diária. Esses costumam render 100% do CDI.

Hoje, o valor do CDI hoje é de 13,65% ao ano. Ele flutua conforme a taxa básica de juros, a Selic.

Que cuidados você precisa tomar

É importante ficar de olho na data de vencimento do título. O ideal é que essa data coincida com o seu objetivo para aquele dinheiro - uma viagem ou reserva de emergência, por exemplo.

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Se não tiver uma meta estabelecida, a indicação é aplicar em títulos pós-fixados com datas de vencimento intercaladas. Dessa forma, sempre terá algum papel vencendo e, caso não utilize o recurso, poderá reaplicar na taxa disponível no momento, diz Nayra.

Quando mantemos o título até o vencimento, garantimos que a taxa contratada seja cumprida. Isso nos traz maior previsibilidade e não nos deixa sair da operação com prejuízo. Por isso, é fundamental se atentar à data de vencimento quando for realizar a aplicação, para poder pagar o menor Imposto de Renda possível e não arriscar sair com perdas por falta de planejamento.
Nayra Sombra, sócia da HCI Invest e planejadora financeira pela Planejar

Cenário econômico. O momento econômico do país pode influenciar nas taxas pagas em um determinado momento. Assim, é importante verificar se as suas taxas estão adequadas para aquele cenário. É possível aumentar os ganhos trocando os prazos das aplicações ao longo do tempo.

Quais são os riscos? Como me proteger?

Risco de crédito. É o risco de uma instituição financeira não pagar o valor devido aos investidores. É importante ver qual a classificação de risco da instituição financeira que está emitindo o CDB.

CDBs têm proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O FGC é uma instituição privada que protege os investidores em caso de calores. Oferece proteção para alguns tipos de investimentos, entre eles o CDB. O FGC protege até R$ 250 mil por investimento por CPF, no limite de até R$ 1 milhão em até quatro instituições financeiras.

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Risco de mercado. Esses investimentos são afetados pela inflação, taxa e juros e outros fatores. Segundo Odilon Costa. Ele diz que a melhor forma de gerenciar esses riscos é entendendo qual o seu perfil de risco (se é conservador, moderado ou arrojado). Também é importante saber para que e quando você vai usar o dinheiro investido, para se adequar aos prazos.

Risco de liquidez. Nayra, da HCI Invest, diz que um exemplo é quando a pessoa precisa resgatar o recurso antes do vencimento e não é possível, já que não existe outra pessoa que queira comprar aquele título no momento. E, quando é possível, o investidor pode ter um prejuízo considerável.

Reserva de emergência. O ideal é que a reserva - valor para ser usado em casos de doenças, desemprego ou se algum eletrodoméstico quebrar, por exemplo - esteja acessível rapidamente. Por isso, esse dinheiro deve ser alocado em opções com liquidez diária, para que a pessoa possa sacar quando desejar.

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