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Imóveis, poupança e contas digitais: como o brasileiro investe seu dinheiro

Poupança, imóveis, ações ou gado. O brasileiro prefere investir em ativos tangíveis, quase palpáveis, diz Marcelo Billi, superintendente de educação da Anbima.

Pesquisa descobriu que brasileiro está muito distante do mercado financeiro. Uma equipe de especialistas da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e da consultoria estratégica Na Rua viajou 10 mil quilômetros em um ônibus pelo Brasil afora, por quatro meses, entrevistando mais de 700 pessoas. A expedição foi batizada de "Como você investe o seu dindim?".

Maioria prefere colocar dinheiro em algo físico. Imóveis, negócio próprio, bens duráveis, gado e formação acadêmica estão na lista dos investimentos preferidos citados pelos entrevistados, segundo o especialista.

A compra de ações também foi considerada uma aplicação tangível. "O investidor se sente dono de um pedacinho da empresa", declara o superintendente.

Outra descoberta foram os aplicativos de apostas de futebol. Eles são considerados uma alternativa de investimento pela população. Porém, na prática, são só um jogo que envolve dinheiro). "Muitos citaram que 'investem' nesses apps. Eles dizem que aplicam pouco e, se perderem, não vão ter muito prejuízo. Mas se ganharem, vão receber muito dinheiro", conta Billi.

Buscam alternativas além do mercado financeiro. No Norte do país, é comum o uso da "Caixinha", conta Billi. Colegas de trabalho, amigos ou vizinhos se reúnem em um grupo. Uma pessoa é indicada como organizadora e todos os meses as pessoas entregam um valor determinado nas mãos do organizador. Além de recolher as contribuições, o organizador precisa aplicar o dinheiro para que ele cresça. Valem rifas, festas, viagens e outras formas de arrecadar dinheiro. Se alguém precisa de dinheiro, pega emprestado da caixinha, pagando juros.

Poupança é a preferida por ser mais fácil

Para a maioria, não não sobra dinheiro. A maior parte dos consultados dizia não sobrar dinheiro no fim do mês nem para as despesas básicas. "Grande parte da população não consegue fechar o mês no azul. Falta dinheiro para o básico", diz Billi. Em um levantamento feito em 2022, com 5.818 entrevistas, a Anbima levantou que 58% dos entrevistados não faz nenhum tipo de poupança.

Quem consegue guardar começa pela poupança. Qualquer valor guardado é direcionado para esse investimento. A pesquisa mostrou que o investidor sabe que ela rende pouco. Mas a facilidade que ela proporciona é seu principal trunfo. Por isso, ela acaba funcionando como um meio de organizar a vida financeira.

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É o investimento mais usado pelo brasileiro. Cerca de 26% dos brasileiros colocam dinheiro na poupança, segundo o Raio X dos Investidores, feito no ano passado pela Anbima. Segundo a Anbima, a poupança faz parte do repertório emocional da maioria, já que era comum, no passado, as famílias abrirem uma caderneta e darem de presente aos filhos e filhas. Além disso, 4% aplicam em imóveis (incluindo rurais), outros 4% em fundos, 3% em moedas digitais, 2% em ações e 1% em dólar.

Contas remuneradas também são usadas. Contas de bancos digitais que pagam um rendimento foram bastante citadas na pesquisa. Elas funcionam como uma renda fixa e, geralmente, pagam 100% do CDI sobre o saldo da conta-corrente.

Investimentos para realizar sonhos

Pessoas guardam dinheiro para um objetivo. Mais do que guardar para acumular patrimônio, as pessoas economizam para um sonho. O brasileiro poupa com uma meta: comprar um carro, uma casa. "Elas se organizam financeiramente para alcançar esse objetivo", conta Billi.

Assim que as metas são alcançadas e o poupador se sente com as contas em dia, ele procura alternativas. Se o poupador já pagou suas dívidas, se já comprou o carro, a casa, já pagou os estudos, ele busca investimentos que rendem mais que a caderneta.5 em

Aulão: Como se aposentar sem depender do INSS

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