Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Preço da gasolina para o consumidor vai subir 4,4%, diz ministro

Do UOL, em São Paulo

30/01/2013 13h27Atualizada em 30/01/2013 14h43

O preço da gasolina para o consumidor final deverá subir 4,4%, afirmou, nesta quarta-feira (30), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante o Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília.

Na véspera, a Petrobras havia anunciado uma alta de 6,6% no preço da gasolina e de 5,4% no diesel nas refinarias, já a partir desta quarta.

O aumento era esperado pelo mercado diante da defasagem dos valores dos combustíveis no país em relação às cotações internacionais. O reajuste, porém, ficou abaixo das expectativas de analistas do mercado, o que fez as ações da Petrobras caírem nesta quarta.

O reajuste que chegará aos postos de combustíveis é menor devido à mistura de 20% de etanol na gasolina, além de outros fatores, como as margens de lucro das distribuidoras. O percentual de etanol deve subir para  25% no final da safra de cana de açúcar, possivelmente em abril deste ano.

"O posto vai repassar 4,4% porque tem a mistura, e isso é menos que a inflação. Faz quatro anos que o preço da gasolina não sobe. De 2006 até agora, o preço da gasolina subiu 6%. É uma pequena correção que não vai atrapalhar ninguém", afirmou Mantega.

Em junho, a Petrobras tinha anunciado um reajuste de 7,83% nos preços da gasolina e de 3,94% no do diesel. Em seguida, o governo zerou tributos sobre os combustíveis, para evitar que o aumento chegasse às distribuidoras e aos consumidores.

Inflação

Segundo Mantega, o governo espera que a alta na gasolina tenha um impacto de 0,16 ponto percentual no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), índice oficial da inflação. Em 2012, o IPCA  fechou o ano a 5,84%, distante do centro da meta, de 4,5%, mas ainda abaixo do teto, de 6,5%.

Em janeiro, o IPCA-15, índice conhecido como prévia da inflação oficial, fechou o acumulado dos últimos 12 meses em 6,02%, acelerando 0,88% no mês.

Petrobras

O reajuste provavelmente não eliminará a defasagem nos preços praticados pela Petrobras, mas dará fôlego para a estatal desenvolver seu bilionário plano de investimentos.

"Esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo", afirmou a estatal em comunicado na terça-feira (29).

Após o anúncio do reajuste, as ações da Petrobrás na Bolsa sofriam uma desvalorização de mais de 4%, por volta das 14h desta quarta-feira. Segundo analistas, o fato de a companhia comprar combustíveis a valores mais elevados que os vende internamente poderia afetar os resultados financeiros da empresa.

(Com Reuters)