É provável que país tenha inflação abaixo de 4,5% em 2017, diz Temer
O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira (15) ser provável que o país registre inflação abaixo da meta de 4,5% este ano. A afirmação foi feita no Palácio do Planalto, durante o anúncio de liberação de milho da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para o Programa Vendas em Balcão.
"Para nossa surpresa agradável, a inflação veio de 10,70% para 6,23% em seis meses. E a inflação de janeiro foi a melhor registrada em 20 anos. Agora, é provável que consigamos uma inflação menor do que a de 4,5%. Isso significa esperança e confiança para os investidores", afirmou o presidente.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acredita que a aprovação das reformas que estão sendo tocadas pelo governo também ajudará na recuperação da economia.
"Não há dúvida de que a economia brasileira está voltando à normalidade. Com a aprovação da PEC do Teto, agora a admissibilidade da reforma da Previdência, a apresentação da reforma trabalhista e todas as mudanças microeconômicas em andamento, certamente, a economia brasileira volta ao normal", disse ele.
"É, portanto, absolutamente razoável que isso, conjugado com a política monetária bem aplicada pelo Banco Central, faça com que a inflação convirja para a meta", acrescentou. O ministro reafirmou a expectativa de que, no último trimestre deste ano, a economia apresente crescimento de 2% na comparação com o mesmo período de 2016.
Temer reiterou que o primeiro momento do governo foi o de combate à recessão, por meio da queda da inflação e dos juros. Ele lembrou ainda a injeção de recursos na economia, principalmente por meio da liberação dos valores retidos nas contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
"Veja o caso das contas inativas do FGTS, paralisadas, com famílias, pessoas e empresas endividadas. Como disse o Meirelles ontem, o Estado acaba deixando de tutelar as pessoas, com aquele dinheiro lá. Não é uma importância pequena. É uma importância de R$ 41 bilhões", disse o presidente.
"Vamos dizer que nem tudo seja sacado e que sejam sacados entre R$ 30 e R$ 35 bilhões. É uma injeção na economia de um lado, e de outro gera certa tranquilidade social para que aqueles que têm dívidas possam quitá-las", acrescentou.
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