Tarcísio diz que auxílio de R$ 400 a caminhoneiros pode não acontecer
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou hoje que o auxílio de R$ 400 para caminhoneiros, que foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pode não acontecer. Segundo ele, o motivo seria a reação negativa da categoria.
"É um esforço fiscal que o governo estava disposto a fazer, mas como a reação não foi boa, eu não sei se o governo vai seguir em frente com o auxílio", disse Tarcísio em entrevista à Jovem Pan News.
O "auxílio-diesel" foi sugerido por Bolsonaro na última quinta-feira (21) durante sua live semanal. A proposta se dá em meio à alta dos combustíveis e ameaças de greve dos caminhoneiros.
Ainda na semana passada, a proposta foi criticada por entidades de classe que chegaram a dizer que R$ 400 seria uma "humilhação".
Na entrevista de hoje, Tarcísio disse que entende que o valor é baixo e representa pouco diante do preço do diesel, mas defendeu que ele teria impacto na renda líquida final destes profissionais.
Tarcísio afasta possibilidade de greve
Questionado, o ministro da infraestrutura também afastou a possibilidade de que haja uma grande greve da categoria no Brasil, como aconteceu em 2018. "A gente percebe uma clara divisão, muita gente querendo trabalhar. (...) Não acredito num grande movimento e acho que a gente vai superar isso rapidamente", disse.
Até hoje, no entanto, a convocação para a paralisação no dia 1º de novembro está mantida. Wallace Landim, conhecido como Chorão, presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), disse que os caminhoneiros vão parar se o governo não fizer nenhuma sinalização, mas que a orientação é não fechar estradas.
O próprio Tarcísio já tinha se manifestado publicamente negando que vá haver greve de caminhoneiros, mas segundo apurou o colunista do UOL Chico Alves, a fala não agradou líderes da categoria.
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