Papa diz que fechar empresas sem proteger trabalhadores é "pecado muito grave"
CIDADE DO VATICANO, 15 Mar (Reuters) - Os empresários que encerram negócios, fecham fábricas e reestruturam empresas sem levar em consideração o impacto nos trabalhadores e suas famílias estão cometendo um "pecado muito grave", disse o papa Francisco nesta quarta-feira (15).
Em pronunciamento a dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça São Pedro para sua audiência semanal, Francisco se desviou do discurso por escrito depois de mencionar que está apreensivo com a maneira como as famílias estão sendo afetadas por uma disputa trabalhista na emissora de televisão Sky Itália, deixando claro que está preocupado com o problema em muitos países.
"O trabalho nos dá dignidade. Aqueles que são responsáveis por pessoas, os empresários, têm obrigação de fazer tudo para que cada mulher e homem possa trabalhar e assim ser capaz de andar de cabeça erguida, de olhar as outras pessoas no rosto com dignidade", disse o papa.
"Aqueles que, por esquemas econômicos ou para poder fazer acordos que não são totalmente transparentes, fecham fábricas, encerram negócios e tiram o trabalho das pessoas, essa pessoa comete um pecado muito grave", acrescentou
Francisco tem sido um grande defensor dos direitos dos trabalhadores desde que se tornou o líder dos católicos do mundo, quatro anos atrás.
Como em outros países, a Itália tem testemunhado o fechamento de fábricas e empresas à medida que a produção é transferida para o exterior para aproveitar os encargos trabalhistas mais baixos ou como resultado de reestruturações e fusões.
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