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Mulheres empreendedoras têm investido em franquias no Brasil

Filomena Garcia

Colunista do UOL

04/08/2015 06h00

O número de empreendedores no Brasil tem aumentado exponencialmente nos últimos anos. O país possui 45 milhões de pessoas envolvidas ou em processo de criação de um negócio próprio, sendo que 22 milhões desses empreendedores são mulheres. É o que nos revelam os dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor realizada em 2014.

Essa mudança do perfil de investidores também é percebida quando olhamos para o franchising. Muitas mulheres optam por exercer seu empreendedorismo operando uma franquia.

Algumas delas já querem operar três ou quatro negócios antes mesmo da abertura do primeiro, porque esse é um modelo de negócio que pode ser gerenciado a quatro mãos, já que do outro lado existe a colaboração e expertise do franqueador.

Além disso, o risco do investimento é mais baixo quando comparado a um negócio novo, já que o modelo de negócio de uma franquia já foi testado anteriormente no mercado.

Outro ponto que tem levado ao aumento de mulheres à frente de um negócio é o avanço do sexo feminino no campo de trabalho. Há dez ou quinze anos, a grande maioria das mulheres possuía pouca experiência de mercado ou então nunca tinha trabalhado.

Hoje, esse quadro é completamente diferente. Podemos observar que cargos de liderança e alta gerência, que demandam tomada de decisão, são ocupados cada vez mais por mulheres que entendem suas potencialidades e sabem como aproveitá–las.

Essa mudança no comportamento feminino, dentre outros fatores, tem gerado nessas executivas o desejo de empreender além da carreira. Buscando um “plano B”, executivos de ambos os sexos tem investido cada vez mais em franquias, pois esse modelo de negócio possibilita levar a gestão em paralelo com a atividade atual por um determinado período de tempo.

Muitos franqueadores vêem com bons olhos uma mulher à frente da sua marca graças ao perfil de gerenciamento que elas apresentam. Além de serem mais avessas a altos riscos, elas são mais colaborativas. Essa atitude é altamente desejável quando se está na gestão de uma franquia, que contará com a supervisão do franqueador para apoiá-la sempre que necessário.

Além do que, para a marca que realiza expansão através de franquias, ter tanto homens quanto mulheres como franqueados é interessante e enriquecedor, pois são olhares diferentes para o mesmo negócio, trazendo contribuições diversificadas, porém sempre com foco na busca de melhores resultados.

A amplitude dos segmentos de franquias disponíveis hoje no mercado, com aproximadamente 2.000 oportunidades de negócios, facilita ainda mais a entrada da mulher que busca praticar sua veia empreendedora nesse mercado.