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Zere seu ego para ouvir e negociar com mais eficiência

Marco Roza

Colunista do UOL

29/10/2014 06h00

O sucesso da maioria dos empreendimentos está vinculado à capacidade de negociação dos seus gestores. Muita gente pensa que basta ter uma boa reserva de capital inicial, boas instalações e ser um excelente profissional no ramo que decidiu empreender.

Apesar de essas características serem essenciais, sem a habilidade comprovada em negociar acordos, contratos, encaminhamentos, qualquer empresa corre sérios riscos de sobrevivência.

Negociar é uma habilidade intangível que envolve habilidades culturais, emocionais e, especialmente, uma imensa capacidade para ouvir profundamente os interlocutores.

Negociar é muito difícil porque temos que aprender a ouvir. Isso exige o treino, que é uma arte, de zerar o nosso ego (ou seja, zerar nossas convicções e certezas) quando estamos diante de nossos interlocutores.

Só assim conseguiremos, além de ouvir, também entender os pontos de vista alheios, diferentes dos nossos, que podem complementar nossas estratégias gerenciais. Mas zerar o ego também nos coloca outro problema: requer extrema humildade.

Porque é essa humildade que estimula nossos interlocutores a expandir e detalhar seus pontos de vista a tal ponto que consigamos compreender, profundamente, suas orientações finais.

E após esse “mergulho de humildade” conseguiremos emergir e avaliar, com calma, o que recolhemos de sugestões dos nossos mais diferentes interlocutores.

É também nessa etapa que combinaremos nossa percepção às de nossos interlocutores. E se conseguirmos manter a fé no nosso projeto, caminharemos com muito mais determinação.

Negociaremos, então, acordos, contratos, encaminhamentos com um grau maior de eficiência. E, principalmente, comprometendo nossos interlocutores e parceiros no novo estágio, com chances ampliadas de acerto.

Essas chances deverão ser reforçadas por ajustes finos constantes que se vincularão ao nosso treino continuado de zerar nosso ego, na hora de ouvir, para continuar a assimilar sugestões práticas e determinantes ao sucesso de nosso empreendimento, ao envolver as contribuições e sugestões dos nossos sócios, interlocutores, parceiros e aliados.