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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Ações do Itaú sobem forte no ano; ainda há espaço para valorização?

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/02/2022 09h00

Esta é uma versão online resumida da edição desta semana da newsletter A Companhia, que detalha os dados de uma empresa em destaque no mercado e avalia possível investimento nela. Para assinar o boletim e ter acesso ao conteúdo completo, clique aqui.

O destaque da semana fica por conta do Itaú Unibanco, selecionado pelo analista de bancos e serviços financeiros do Inter Research, Matheus Amaral.

As ações preferenciais da instituição (ITUB4) acumulam ganho de 24,6% somente neste ano, até o dia 17 de fevereiro, com grande impulso a partir do último dia 10, data em que divulgou seu balanço consolidado de 2021 - considerado bastante positivo pelo mercado.

Apesar das recentes valorizações, os papéis são ainda uma boa oportunidade de investimento, em razão do atual desconto frente a valores históricos e diante das perspectivas financeiras do banco, diz o especialista.

Saiba mais sobre o Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco é o maior banco privado do país e, recentemente, ocupava também a liderança na América Latina em valor de mercado - na casa de R$ 236 bilhões, no dia 17 de fevereiro.
A instituição é único nome brasileiro representado na lista das 500 marcas mais valiosas do mundo, de acordo com ranking divulgado no início deste ano pela consultoria internacional Brand Finance.

Os ativos totais do banco alcançavam R$ 2,16 trilhões em dezembro de 2021. O Itaú está presente em 18 países - sendo 9 da América Latina -, reunindo atualmente 99,6 mil colaboradores no Brasil e no exterior.

Por que Itaú Unibanco é uma oportunidade para investir?

Confira a seguir o posicionamento estratégico do banco no cenário competitivo e os últimos resultados apresentados ao mercado, conforme avaliação de Amaral.

O especialista lembra que o setor bancário sofreu por conta do período adverso durante a pandemia de covid-19, em conjunto com o avanço da competitividade via fintechs e inovações como o Pix e o open banking.

Além disso, os efeitos regulatórios, como o aumento temporário de impostos para compensar a redução em alguns combustíveis, acabaram pesando contra as ações do setor, afirma.

"Porém, o Itaú mostrou resiliência em seus resultados após um conturbado ano de 2020, com o demonstrativo financeiro de 2021 apresentando crescimento de 18,1% na carteira de crédito expandida, para R$ 1 trilhão, e lucro líquido de R$ 26,9 bilhões - com alta de 45% no comparativo anual", diz Amaral.

Ele destaca ainda que os números do ano passado mostraram um ROAE (retorno recorrente gerencial sobre o patrimônio líquido médio anualizado) de 19,3%, um nível em recuperação, mas ainda abaixo dos patamares de 20% registrados em períodos pré-pandêmicos.

O analista observa que os grandes bancos como o Itaú enfrentam um desafio pela frente em competir na arena digital com as fintechs, que avançaram de forma relevante em número de clientes ao longo dos últimos anos e que possuem uma abrangência nacional e internacional.

Por outro lado, o cenário de crédito ainda é de maior dificuldade de penetração, já que os cinco maiores bancos ainda possuem mais de 80% do mercado brasileiro, sendo só o Itaú responsável por cerca de 18%.

Amaral lembra também que grandes instituições como o Itaú possuem outros negócios com market share relevante, como bancassurance (seguros vendidos no canal bancário), receitas com emissões de cartões e derivadas de empresas adquirentes (que fazem o elo com a bandeira de cartão), receitas com administração de fundos e operações no mercado de capitais, entre outras.

"Tudo isso traz um nível de vendas cruzadas bastante elevado, o que mantém a resiliente lucratividade desses bancos."

Pontos a favor:

- Liderança de mercado e forte market share em linhas de crédito no varejo bancário;
- Alta capacidade de venda cruzada com diversos produtos oferecidos no atacado e no varejo;
- Lucros e rentabilidade resilientes, mesmo em momentos de crise;
- Expansão global como estratégia de crescimento;
- Bom pagador de dividendos.

Pontos contra:

- O tamanho do banco acaba pesando contra mudanças mais ágeis frente à competitividade e ainda trazem uma estrutura física que impacta em maiores custos;
- Alta presença no varejo bancário, segmento no qual o banco possui boas margens, mas incorre em risco maior de inadimplência;
- No atual cenário competitivo, os grandes bancos possuem mais a perder do que a ganhar frente às fintechs, principalmente em relação à pressão sobre tarifas e serviços;
- Setor altamente tributado e constantemente alvo de aumento de impostos ou limitação em taxas de juros cobradas em alguns produtos;
- Atuação regulatória a favor da competição no setor em detrimento da concentração bancária.

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