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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Onde investir o saque emergencial de R$ 1.000? Vale a pena sacar o FGTS?

Yolanda Fordelone

26/04/2022 04h00

O mês de abril reservou uma novidade aos trabalhadores: até o dia 15 de junho, será possível fazer um saque emergencial de R$ 1.000 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), caso tenha uma conta ativa ou inativa por lá. No total, o governo liberou R$ 30 bilhões para serem sacados. A coluna mostra se vale a pena retirar a quantia e o que fazer com o dinheiro.

A data de saque respeita um calendário de acordo com o seu mês de aniversário. Se nasceu em janeiro, por exemplo, desde o dia 20 de abril pode solicitar o saque. Quem nasceu em dezembro, poderá resgatar a partir de 15 de junho.

Para sacar, é só entrar no aplicativo do FGTS, solicitar o dinheiro quando a opção for liberada para você e movimentar o valor pelo app do Caixa Tem. Programe-se, pois se não movimentar o dinheiro pelo Caixa Tem até 15 de dezembro, ele volta ao FGTS.

O dinheiro será sacado da sua conta ativa (ou seja, a do seu atual emprego) ou de uma conta inativa (aquela de empregos antigos).

Vale a pena sacar?

O valor depositado no FGTS rende muito pouco. Por isso, vale a pena sacar. Para você ter uma ideia, a rentabilidade é de 3% ao ano mais Taxa Referencial. Com a TR atual, isso dá 5,65% ao ano, o que fica até abaixo do retorno da caderneta de poupança.

Em outras palavras, qualquer investimento que renda mais que 5,65% já seria mais vantajoso para aplicar o dinheiro.

Além de investir, há diversas possibilidades. O valor pode servir para empreender em um pequeno negócio, pode ser destinado a um curso ou mesmo pagar dívidas. Os juros do crédito no Brasil são altos e nunca vale a pena carregar uma dívida se já tem dinheiro para quitá-la.

Onde investir?

O investimento ideal depende, entre outros fatores, do seu objetivo e se já tem algum dinheiro guardado ou se está começando do zero.

Se você está formando a reserva de emergência, aquela primeira economia guardada, precisa de investimentos que podem ser sacados a qualquer momento, o que especialistas chamam de liquidez.

A poupança atende bem a essa característica, mas rende pouco. Se aplicar R$ 1.000 hoje, daqui um ano teria R$ 1074 porque o rendimento atual é de pouco mais de 7% ao ano.

Outro investimento adequado para a reserva de emergência costuma ser o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica de juros. Com a taxa Selic de 11,75% ao ano, os R$ 1.000 investidos virariam R$ 1.175 daqui a um ano.

Pode parecer pouco, mas imagine se você investisse R$ 1.000 todo mês. A diferença ficaria cada vez maior conforme o tempo passasse e os juros compostos fizessem sua mágica.

Para quem já tem reserva de emergência, é indicado começar a pensar em diversificar a carteira. Algumas opções são Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA, CDBs e LCIs.

Atualmente há CDBs que rendem 15,05%. Traduzindo, os R$ 1.000 teriam virado R$ 1.150 em um ano.

Alternativas além da poupança

Como são muitas opções, é comum o investidor iniciante ficar perdido na escolha do melhor investimento. Abaixo, temos um vídeo que pode ajudar você nesses primeiros passos. São quatro opções para sair da poupança.

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