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Dólar fecha janeiro cotado a R$ 1,99; Bolsa sobe no dia, mas perde 2% no mês

Do UOL, em São Paulo

31/01/2013 18h16Atualizada em 31/01/2013 19h11

O dólar comercial fechou praticamente estável nesta quinta-feira (31), com leve alta de 0,05%, mas manteve-se abaixo dos R$ 2. No acumulado do mês, o dólar teve desvalorização de 2,83%, e fecha janeiro cotado a R$ 1,99 na venda.

Especialistas do mercado financeiro acreditam que a moeda norte-americana continuará abaixo de R$ 2 pelos próximos meses, e que o governo poderia usar um real mais forte para tentar segurar a inflação.

Já a Bovespa fechou o dia no azul, mas perdeu quase 2% no mês. O Ibovespa (principal índice da Bolsa) teve alta de 0,72% nesta quinta, a 59.761,49 pontos. A principal influência de alta foram as ações da Vale, as mais negociadas do dia, que subiram quase 4%. Os negócios da Bolsa movimentaram R$ 8,92 bilhões.

No mês, a Bolsa acumulou perdas de 1,95%. Até o dia 28, o índice tinha alta mensal, mas uma queda diária de quase 2% fez com que passasse a operar abaixo do limite mínimo esperado (suporte), que era de 61 mil pontos, e revertesse a tendência positiva.

Analistas esperam que fevereiro seja outro mês difícil para a Bovespa, com a tendência de que os balanços das empresas referentes a 2012 sejam fracos, refletindo o baixo desempenho da economia brasileira.

Veja ainda no UOL a cotação das ações, fechamentos anteriores da Bolsa e o histórico do dólar.

Empresas de Eike desabam; Vale puxa alta da Bolsa

A petroleira de Eike Batista, OGX, teve, pelo segundo dia seguido, o maior tombo da Bolsa, perdendo 6,18%, fechando a R$ 4,10, menor patamar desde dezembro de 2008. Segundo a empresa, não foram encontrados indícios de petróleo em um poço no prospecto de Cozumel, na bacia de Campos; a notícia pode ter provocado a queda das ações da OGX.

A descoberta em Cozumel, segundo o Citi Research, seria necessária para viabilizar a construção da plataforma OSX 5, o que afetou também as ações da empresa de construção naval de Eike, a OSX, que encerrou a sessão desta quinta em queda de 8,54%.

A mineradora MMX, também do grupo de Eike, fechou o dia com perdas de 2,87%, a R$ 3,39. A ação preferencial da Petrobras também fechou em queda, cedendo 0,66%, a R$ 18,08.

A ação do BTG Pactual fechou em baixa de 0,72%, a R$ 34,25, depois que o banco anunciou que compraria a parte podre do Bamerindus por R$ 418 milhões. De acordo com o próprio BTG, o valor pago supera o patrimônio líquido do Bamerindus.

Já a MRV Engenharia se beneficiou da determinação da Justiça de que a empresa seja excluída da lista de trabalho escravo do Ministério do Trabalho. A ação fechou em alta de 1,33%, a R$ 11,40.

A principal influência de alta da Bovespa nesta quinta foi a ação preferencial da Vale, a mais negociada do dia, que fechou com ganhos de 3,78%, a R$ 38,70. A ação ordinária da mineradora fechou em alta de 3,9%, a R$ 40,26.

A maior alta do dia, no entanto, foi da Hypermarcas, que avançou 5,01%, a R$ 17,20.

Bolsas internacionais

As ações europeias fecharam em queda, afetadas pelos recuos do grupo de bebidas AB Inbev e da petrolífera Shell. O índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais papéis europeus, fechou com queda de 0,27%, para 1.167 pontos.

As ações da AB Inbev caíram 7,6% após o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abrir um processo contra a compra da cervejaria mexicana Modelo. Já a Shell caiu cerca de 3% após os resultados do quarto trimestre ficarem abaixo das expectativas.

As Bolsas de Valores asiáticas tiveram leve queda, depois de sessões que atingiram recordes em vários meses, e com duração mais longa para alguns mercados do Sudeste Asiático. A promessa do banco central norte-americano Federal Reserve de manter sua política de estímulos abalou a cotação do dólar.

A Bolsa do Japão fechou em alta de 0,2%; a Bolsa de Cingapura teve queda de 0,1%, enquanto Taiwan subiu 0,22% e Hong Kong caiu 0,39%. O índice referencial de Xangai teve crescimento 0,12% e Sydney recuou 0,37%.

(Com Reuters)