BC vende dólares 2 vezes no dia e consegue baixar cotação a R$ 2,137
O dólar comercial fechou em queda de 0,53%, a R$ 2,137 na venda nesta terça-feira (11), depois de duas novas vendas da moeda feitas pelo Banco Central. Quando acontece, o normal é que o BC faça uma venda por dia.
Quando o BC vende dólares, a intenção é que o excesso de oferta faça a cotação da moeda cair. Por outro lado, quando quer que ela suba, o BC compra dólares no mercado.
As atuações do BC foram interpretadas por analistas como um sinal de que, embora ainda seja cedo para determinar um novo limite máximo para o dólar, o BC não deve permitir que a moeda norte-americana ultrapasse muito o nível de R$ 2,15.
O Banco Central realizou um leilão equivalente à venda de dólares no futuro, e vendeu 25 mil de um total de 40 mil contratos ofertados, pouco antes das 11h. A operação movimentou US$ 1,247 milhão.
Como a cotação continuou acima de R$ 2,16, o BC anunciou um novo leilão de venda de dólares, ofertando outros 40 mil contratos. Foram vendidos cerca de 20 mil, por US$ 997 milhões.
Na segunda-feira, o dólar subiu 0,71%, mesmo após duas intervenções do Banco Central para conter a alta --foi a primeira vez no ano que o BC fez dois leilões no mesmo dia.
Leilões de dólares
O Brasil adota um regime de câmbio flutuante, o que quer dizer que, na teoria, o Banco Central não pode impor limites para a variação do dólar em relação ao real.
Porém, há instrumentos que podem ser usados para controlar oscilações muito fortes. Um deles é o leilão de compra ou venda de dólares no futuro, chamados de swaps.
Quando o dólar se valoriza muito, o BC pode ofertar contratos equivalentes à venda de dólares no futuro; assim, mais moeda estrangeira passa a circular no mercado, e a tendência é que o preço do dólar recue.
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