Dólar fecha em alta de 0,33%, cotado a R$ 2,401
O dólar comercial fechou em alta de 0,33% nesta terça-feira (14), cotado a R$ 2,401 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 1,27%.
Os investidores continuaram de olho no cenário eleitoral.
Contexto político
Pesquisa Vox Populi divulgada na véspera mostrou empate técnico na disputa do segundo turno da eleição presidencial entre Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT, e o candidato do PSDB, Aécio Neves, com vantagem numérica para Dilma.
Considerando apenas os votos válidos (que excluem os brancos, nulos e indecisos), a presidente tem 51%, e o tucano soma 49%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O cenário é diferente do indicado pela pesquisa Sensus, divulgada no fim de semana, que mostrava Aécio com boa vantagem sobre Dilma.
"A pesquisa (Vox Populi) veio na contramão do que o mercado esperava. Agora que os sinais estão menos consistentes, o mercado vai esperar Datafolha e Ibope para se posicionar com mais firmeza", afirmou um estrategista à agência de notícias Reuters.
Novas pesquisas Datafolha e Ibope de intenções de voto devem ser divulgadas a partir desta quarta-feira.
Intervenções no mercado de câmbio
As atuações do Banco Central no mercado de câmbio também influenciaram o resultado desta sessão.
O BC manteve seu programa de intervenções diárias, com as novas regras anunciadas em junho, vendendo os 4.000 novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados. Deles, 2.300 têm vencimento em 1º de junho, e os outros 1.700 são para 1º de setembro de 2015.
O BC também realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap que vencem em 3 de novembro. Foram vendidos 8.000 swaps com vencimento em 1º de outubro de 2015. O BC também ofertou contratos para 3 de agosto de 2015, mas não vendeu nenhum.
A operação movimentou o equivalente a US$ 393 milhões. Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 3,934 bilhões, ou cerca de 45% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 8,84 bilhões.
Cenário internacional
No cenário internacional, investidores evitavam colocar dinheiro em ativos de risco, após a divulgação de números fracos sobre a economia europeia. Isso levou o dólar a subir frente ao euro e a algumas outras moedas de países emergentes.
Também pesavam persistentes preocupações com a economia global.
Nos mercados emergentes, contudo, a pressão no câmbio era menos intensa. Isso porque, diante do cenário de menor crescimento da economia global, parte do mercado acredita que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) pode demorar mais tempo para elevar a taxa de juros nos EUA.
Juros mais altos preocupam investidores brasileiros, pois isso poderia atrair para lá recursos atualmente investidores em países onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.
"É um quadro misto. Por um lado, a economia global preocupa e isso gera aversão a risco. Por outro, se o Fed demora para subir juros, isso é bom para mercados como o Brasil", disse um estrategista-chefe à Reuters.
(Com Reuters)
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