Dólar fecha em queda de quase 2% e vai a R$ 2,474, após alta na véspera
O dólar comercial fechou em queda de 1,94% nesta terça-feira (28), cotado a R$ 2,474 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 2,68%, maior alta percentual diária em quase três anos.
Os investidores continuaram à espera de sinais claros de como será a condução da política econômica daqui para frente, após a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Com essa incerteza, o dólar deve continuar instável.
"Ainda há muitas dúvidas sobre como vai ser o próximo governo. Hoje o mercado está dando um ajuste, esperando mais notícias", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca, à agência de notícias Reuters.
Os investidores querem saber quem substituirá o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo divulgou a Reuters no fim de semana, Dilma trabalhava com as opções de convidar o atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), ou o ex-secretário executivo da Fazenda, Nelson Barbosa. Operadores consultados pela Reuters preferem Barbosa a Mercadante.
A mídia também cita o presidente executivo do Bradesco, Luiz Trabuco, como outra possível indicação.
"O dólar sem dúvida vai escolher uma direção depois da escolha do ministro. Se for alguém que agrada, o dólar pode cair mais. Se for alguém de quem o mercado não gosta, a pressão volta", disse o operador de uma corretora internacional à Reuters.
Intervenções no mercado de câmbio
As atuações do Banco Central no mercado de câmbio também influenciaram o resultado desta sessão.
O BC manteve seu programa de intervenções diárias, com as novas regras anunciadas em junho, vendendo os 4.000 novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados. Deles, 2.000 têm vencimento em 1º de junho de 2015 e os outros 2.000 são para 1º de setembro do próximo ano.
O BC também realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap que vencem em 3 de novembro. Foram vendidos 8.000 swaps: 5.500 para 1º de outubro de 2015 e os outros 2.500 para 1º de dezembro do próximo ano. A operação movimentou o equivalente a US$ 393,2 milhões.
Até o leilão da véspera, o BC vinha ofertando contratos para 3 de agosto e 1º de outubro de 2015. Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 7,865 bilhões, ou cerca de 89% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 8,84 bilhões.
(Com Reuters)
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