Após apagão, Bolsa tem queda de 2,57%, puxada por elétricas e siderúrgicas
Preocupações sobre o fornecimento de energia elétrica do país fizeram com que o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, acelerasse a queda nas últimas horas de negociações desta segunda-feira (19) e fechasse com desvalorização de 2,57%, a 47.758,01 pontos. A Bovespa havia fechado em alta nas últimas duas sessões.
Concessionárias de energia elétrica de Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste informaram que o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) determinou uma redução da carga distribuída na tarde desta segunda. O corte aconteceu por volta de 15h (de Brasília). De acordo com as empresas, o ONS autorizou a normalização da distribuição pouco antes das 16h. O ONS informou que técnicos estão analisando o caso.
Ações de empresas do setor elétrico, assim como companhias que demandam muita energia, como petroquímicas e siderúrgicas, lideraram as perdas da Bolsa.
O Índice de Energia Elétrica, que reúne as empresas do setor, fechou em baixa de 4,61%.
A Braskem (BRKM5) teve perda de 7,74%. A CPFL Energia (CPFE3) caiu 7,3%. A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) (CSNA3) recuou 7,17%. A Light (LIGT3) teve desvalorização de 6,59%. A Cemig (CMIG4) perdeu 6,38%. A Copel (CPLE6) recuou 5,99%. A Eletropaulo (ELPL4) encerou em baixa de 5,96%. A Energias do Brasil (ENBR3) fechou com queda 5,85%. A Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A.) (ELET6) perdeu 4,26%. A Usiminas (USIM5) caiu 3,3%.
Dólar tem maior alta em quase 1 mês e vai a R$ 2,656
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 1,33%, cotado a R$ 2,656 na venda. É a maior alta percentual diária desde 23 de dezembro, quando a moeda norte-americana havia subido 1,64%.
Na semana passada, o dólar teve desvalorização de 0,67%.
64 ações do Ibovespa fecham em queda
Das 68 ações que compõem o Ibovespa, 64 fecharam em queda. Apenas os papéis da Oi (OIBR4) tiveram alta, de 0,81%. A Fibria (FIBR3) fechou quase estável, com leve ganho de 0,03%.
A ações da Embraer (EMBR3) e a da Gafisa (GFSA3) fecharam estáveis.
Opção sobre ações movimenta R$ 2,18 bilhões
O exercício de contratos de opções sobre ações movimentou R$ 2,18 bilhões nesta segunda, dos quais R$ 1,5 bilhão em opções de venda e R$ 683,6 milhões em opções de compra.
Opção sobre ações é um tipo de contrato de compra ou venda de ações a um preço predeterminado. Quem aposta que a ação vai ficar mais cara assume posição "comprada", para liquidar o contrato pagando um preço menor pela ação do que o da negociação da Bolsa.
Quem acredita que o preço da ação vai cair assume posição "vendida" para vender as ações a um preço maior do que o do dia. A opção mais exercida foi dos contratos de venda das ações preferenciais da Braskem (BRKM5) a R$ 23,25 por ação, com R$ 206,69 milhões.
Bolsas internacionais: China despenca 7,7%
As Bolsas de Valores da Europa fecharam em alta. O mercado de ações da Espanha registrou ganho de 1,18%, e o da Itália avançou 1,17%. A Bolsa de Portugal valorizou-se 0,82%, e a da Alemanha subiu 0,73%. Inglaterra avançou 0,54%, e França ganhou 0,35%.
Na Ásia, a Bolsa de Xangai, na China, despencou 7,7%, maior queda percentual diária desde a crise financeira global. O mercado de ações de Hong Kong foi na mesma direção e fechou em baixa de 1,51%.
Outras Bolsas da Ásia e do Pacífico, no entanto, encerraram em alta. O índice japonês Nikkei avançou 0,89%. A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, teve valorização de 0,77%; a de Taiwan registrou alta de 0,39%; a de Cingapura valorizou-se 0,21%; e a de Sydney, na Austrália, subiu 0,19%.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.