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Dólar tem terceira queda seguida e fecha abaixo de R$ 3, valendo R$ 2,982

Do UOL, em São Paulo

23/04/2015 17h09

O dólar comercial teve a terceira queda seguida nesta quinta-feira (23) e fechou abaixo do patamar de R$ 3. A moeda norte-americana recuou 0,89%, a R$ 2,982. É o menor valor de fechamento para a moeda desde 4 de março, quando valia R$ 2,981.

Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,63%.

O dia foi de repercussão após a divulgação do balanço auditado da Petrobras (PETR3, PETR4). Os números, referentes a 2014, foram divulgados na noite de quarta-feira (22), após o fechamento do mercado, e contabilizam os prejuízos com o esquema de corrupção na estatal, investigado na operação Lava Jato.

A Petrobras registrou um prejuízo de R$ 21,587 bilhões em 2014, em comparação com lucro de R$ 23,57 bilhões em 2013. No cálculo, entraram as perdas de R$ 6,194 bilhões com pagamentos indevidos descobertos pela Polícia Federal.  

Analistas consultados pela agência de notícias Reuters destacaram negativamente o endividamento da estatal, o anúncio de que não haverá distribuição de dividendos referentes a 2014 a acionistas, e as dificuldades quanto ao fluxo de caixa da empresa. Disseram, porém, que a divulgação do balanço auditado traz "alívio" ao mercado.

Atuações do BC brasileiro 

O Banco Central fez mais um leilão para rolar os contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 4 de maio. Foram vendidos 10,6 mil contratos: 8.000 com vencimento em 1º de março de 2016, e os outros 2.600 para 3 de outubro do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 517 milhões. 

Até o momento, o BC rolou US$ 7,72 bilhões, ou o equivalente a cerca de 76% do lote total com vencimento em maio, correspondente a US$ 10,115 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

Em março, o BC encerrou seu programa de atuações no mercado de câmbio, em que vendia, todo dia, novos contratos de swap com o objetivo de evitar um forte avanço da moeda norte-americana. Não há mais negociação de novos contratos desde então.

(Com Reuters)