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Dólar sobe no dia e fecha em alta pela 4ª semana seguida, a R$ 3,877

Do UOL, em São Paulo

11/09/2015 17h11Atualizada em 11/09/2015 20h33

dólar comercial começou o dia em queda, mas inverteu a tendência ainda pela manhã e fechou esta sexta-feira (11) em alta de 0,69%, a R$ 3,877 na venda. Esse é o maior valor de fechamento desde 23 de outubro de 2002, quando a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,915.

Com isso, o dólar fecha a quarta semana consecutiva com valorização. Somente nesta semana, avançou 0,43%. No ano, a alta é de 45,83% e no acumulado de 12 meses, de 68,8% (há um ano, o dólar valia R$ 2,297).

Contexto nacional

Investidores estavam atentos ao cenário político e econômico brasileiro. Na véspera, a agência de avaliação de risco Standard & Poor's (S&P) cortou a nota da Petrobras em moeda estrangeira em dois degraus, de "BBB-" para "BB". 

Com isso, a exemplo do que já havia acontecido com a nota do Brasil na quarta-feira (9), a estatal perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerada boa pagadora. O corte atingiu também outras empresas e instituições financeiras.

Na política, o mercado aguarda o anúncio de novas medidas para ajustar as contas públicas do governo. Fontes ligadas ao Planalto disseram à agência de notícias Reuters que alguns cortes de gastos administrativos devem ser anunciados na próxima semana.

Cenário internacional

No cenário externo, investidores aguardam a reunião do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) na semana que vem.

Também esperam a divulgação de dados sobre a produção industrial e as vendas no varejo da China, no fim de semana, em busca de mais dados informações sobre a freada do crescimento da economia chinesa.

BC faz leilão de dólar

O Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em outubro, vendendo a oferta total de até 9.450 contratos.

Ao todo, o BC já rolou o correspondente a US$ 3,635 bilhões de dólares, ou cerca de 38% do total de US$ 9,458 bilhões e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote até o fim deste mês.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com Reuters)