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Dólar fecha a R$ 3,833 e sobe 1,75%, maior alta diária em quase um mês

Do UOL, em São Paulo

13/11/2015 17h13

dólar comercial fechou esta sexta-feira (13) com alta de 1,75%, valendo R$ 3,833 na venda. Na véspera, havia ficado quase estável, com leve queda de 0,06%. 

Essa foi a maior alta percentual diária da moeda em quase um mês. Em 16 de outubro, subiu 1,92%.

Com isso, a moeda norte-americana encerra a semana com valorização de 1,88%. No mês, o dólar acumula queda de 0,77%, porém, no ano, já subiu 44,17%.

Rumores sobre a saída de Levy

O dólar acelerou a alta à tarde, após o jornal "Valor Econômico" dar como certa a saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda. O mais cotado para assumir o cargo seria o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

No entanto, segundo o jornal, o sucessor de Levy não teria carta branca da presidente Dilma Rousseff, o que poderia limitar a atuação do novo ministro na visão dos investidores.

"Isso é muito ruim... Seja quem for [o substituto de Levy], o pensamento sempre será dela [de Dilma] ou do PT, e não do [eventual futuro] ministro", disse o operador de uma corretora internacional em condição de anonimato à agência de notícias Reuters. 

Rumores de que Meirelles seria o novo Ministro da Fazenda chegaram a levar o dólar a recuar nesta semana, com expectativas de que a mudança poderia facilitar o diálogo com o Congresso Nacional e a aprovação de medidas para equilibrar as contas públicas.

Juros nos EUA

Investidores continuam especulando sobre quando os juros subirão nos Estados Unidos.

Nesta tarde, o governo norte-americano divulgou dados que mostraram crescimento abaixo do esperado para as vendas no varejo do país em outubro e queda pelo segundo mês no índice de preços ao produtor.

Com disso, investidores voltaram a ter dúvidas se o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) começará a aumentar os juros a partir da próxima reunião, em dezembro, o que era dado quase como certo pelo mercado.

A alta dos juros nos Estados Unidos preocupa investidores, pois pode atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde os juros são mais altos, como é o caso do Brasil.

Atuações do BC

Pela manhã, O Banco Central brasileiro deu continuidade à rolagem diária dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em dezembro. Até agora, o BC rolou o equivalente a US$ 5,322 bilhões, ou cerca de 49% do lote total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com Reuters)